-A stôra faltou.
-Como é que sabes se ainda não são cinco horas?
-Os alunos que iam ter aula com ela às três e um quarto
disseram-nos.
-Ah. Mas o que é que vieste aqui fazer?
-Vim assistir à tua aula. Não te importas, pois não?
A maneira como ele pediu foi espontânea e o sorriso que ele
fez não me deixou.
-Mas tenho de perguntar primeiro ao meu stôr.
-Está bem, vamos lá.
Perguntei ao stôr se ele podia assistir à aula e o stôr
disse que sim, mas sem ‘’destabilizar a
aula’’. Calculei qual o aspecto que se estava a referir, mas escondi o
sorriso pois tinha ficado um pouco envergonhada. O Tomás pelo contrário riu-se.
Quando a aula começou o Tomás ficou sentado nos bancos, do outro lado das
redes. Começámos com a corrida inicial.
-O Tomás não tira os olhos de ti! – sorriu a Filipa.
-Eu sei, eu sinto os olhos dele nas minhas costas! – Ela voltou
a rir-se.
A aula decorreu normalmente, sempre com montes de palhaçadas
e faltas de jeito. Saímos da aula a rir disso.
-Então, a aula foi boa! – sorriu-nos o Tomás, levantando-se.
-Se não contares com as figurinhas que fizemos, foi! – ri.
-As figuras não foram assim tão más! E tu és gira de
qualquer maneira, por isso não faz diferença! – voltou a sorrir. Não consegui arranjar
uma resposta. Fiquei tão envergonhada que me calei. A Filipa estava a fazer um
esforço enorme para não desatar a rir-se ali, por isso acelerou mais o passo
enquanto nós os três caminhávamos em direcção à entrada dos balneários. – Vão trocar
de roupa, não é?
-É – respondi rapidamente.
-Então eu fico aqui à vossa espera!
Eu e a Filipa entrámos no balneário e ela desmanchou-se a
rir.
-Não te rias! Não tem piada! – reclamei, no entanto estava a
sorrir.
-Desculpa, mas eu tenho de me rir! A tua cara meteu piada!
-Oh pá , não gozes comigo, posha! Eu fiquei envergonhada,
ok?
-Pois, eu reparei pela tua cara! E ele também deve ter
reparado, pelo sorriso que ele fez…
-Está bem, mas já chega! Vamos embora?
-Vamos.
Saímos, entregámos a chave do balneário na recepção e o Tomás
veio connosco até à estação, onde eu e a Filipa nos separávamos cada um para
seu lado. Eu e o Tomás despedimo-nos dela e ele foi seguindo caminho comigo.
-Não tens de ir para casa?
-Não faz mal se demorar mais um bocado. A minha mãe já sabe,
por isso não há problema.
-Moras muito longe da escola?
-Não. Uns 20, 25 minutos de mota.
-Tens mota?
-Tenho. Deixei-a na escola.
-Ah então ainda vais ter de voltar para a escola e só depois
é que vais para casa?
-Sim. O Sr. António guardou-me o capacete, por isso não há
problema.
-Ok…
-Então mas tu queres que volte já para trás?
-Tu é que sabes!
-Pois, então não volto, não quero!
-Mas mentaliza-te que vais ficar só à porta! – brinquei.
-Acho que ainda não está na altura de entrar.
Não percebi onde é que ele pretendia chegar realmente com
aquela resposta, mas mesmo assim disse um ‘’Ok’’. Não conversámos muito mais
porque entretanto chegámos à porta do meu prédio.
-Chegámos.
-É aqui?
-É.
-É fácil de decorar o caminho.
-E tu vais decorar o caminho?
-Já decorei.
-Para quê?
-Pode ser preciso.
-Acho que não vai ser preciso, até porque daqui a um mês e
pouco vou mudar-me, por isso.
-Vais-te mudar?
-Vou.
-Para onde?
-É longe.
-Onde?
-Cascais.
-Não é assim tão longe.
-Mas é longe.
-Por maior que seja a distância, nunca é suficientemente
longe para quebrar grandes laços.
De facto, o que ele tinha dito era verdade.
-Sim, tens razão – sorri. – Bem, tenho de entrar. Até amanhã.
-Está bem. Até amanhã – sorriu. Eu abri a porta do prédio. –
Olha, não te está a faltar nada?
-O quê’
-Acho que mereço um beijinho, não? – riu.
-Oh, sim – dei-lhe um beijo na cara e ele deu-me um a mim em
seguida.
-Assim sim! Até amanhã, linda – sorriu.
A última palavra causou um impacto no meu interior.
-Até amanhã, Tomás.
Em seguida entrei no prédio.
Durante os dois dias da semana que se seguiram, passei
grande parte deles com o Tomás. Ambos gostávamos da companhia um do outro e
riamos muito os dois. Gostava bastante de estar com ele. Na sexta-feira ele
acabou as aulas às cinco e quarenta e cinco e eu fiquei na biblioteca da escola
até à mesma hora, então combinámos ficar até às seis juntos, segundo ele, para
compensar a manhã. Acabámos por ir até ao McDonald’s comer um gelado.
-Amanhã tens alguma coisa para fazer? – perguntou-me.
-Não, em principio não.
-Queres ir dar uma volta comigo?
-A que horas?
-Não sei… Saiu um filme novo agora que eu queria ir ver,
queres ir comigo?
-Não tenho dinheiro para pagar o bilhete.
-Ainda bem, assim pago-te o dia todo!
-Hã?
-Passamos o dia no Fórum e depois vamos ver o filme.
-Tens noção que estás a gastar muito dinheiro comigo e eu não
gosto disso.
-Oh, até parece. Se eu tenho, se eu posso e se eu quero, porque é que não hei-de gastar? E
é o meu dinheiro, é o dinheiro que eu junto. E eu não tinha planeado para o que
é que ia servir, ainda só estava a juntá-lo, por isso, está a ser bem gasto.
-Mesmo assim, não gosto que gastes dinheiro assim comigo.
-E eu quero lá saber! - gozou. – Come mas é o gelado senão derrete! –
riu.
-Parvo! – sorri.
Ele riu.
(Tomás)
Não conseguia explicar porquê, mas os olhos dela sempre me
tinham deixado meio hipnotizado. De cada vez que olhávamos um para o outro,
quando não estávamos juntos, um sorriso iluminava a minha cara e o dela, apesar
de ser tímido no principio, deixava-me com mais vontade de sorrir. Mesmo depois
de nos termos conhecido e termos começado a falar. Agora, todo o tempo que
conseguia arranjar, tentava estar com ela. Sentia-me bem com ela. Conseguia ter
conversas que não conseguia ter com mais ninguém, por exemplo, falar do meu
pai, um assunto que não me agradava muito, mas que não se tornava tão difícil de
falar com ela.
Na sexta-feira, finalmente entreguei o desenho que a Cátia
me tinha pedido e consegui safar-me antes de ela começar a falar outra vez da
Sara. Desde que acabei a última aula da tarde, até às seis, fiquei com a
Catarina. Fomos até ao McDonald’s comer um gelado e ficámos lá a conversar. Acabei
por conseguir convencê-la a aceitar o meu convite para passar o sábado comigo. Era
sempre bom estar com ela, mas ia ser melhor porque desta vez não era na escola
e não havia o tempo das aulas para interromper.
E agora, como é que será que vai correr o sábado destes
dois? O que é que irá acontecer?
Olá a todos!
Espero que tenham gostado de mais este capitulo e que
continuem a deixar os vossos comentários, aos quais dou muita importância e me
deixam muito contente ao lê-los e saber que estão a gostar!
Beijinhos
Mónica
Olá!
ResponderEliminarJá estou a imaginar como vai ser o próximo capítulo mas não vou dizer nada. Só espero que aconteça o que eu pensei. Enfim agora é só esperar. Continua.
Bjs.
Olá!
EliminarFico contente por saber que até já imaginas o que se irá passar no próximo capitulo! Espero corresponder às tuas espectativas!
Beijinhos :D
Mónica
Olá!
ResponderEliminarLi a fic hoje. Reparei que estava no inicio e resolvi ler :)
Acho que esta a ficar contagiante! E haver um triangulo amoroso daqueles que nos deixa divididos sobre que par eleger agarra-nos sempre a uma fic!!! O Tomás já me conquistou mas algo me diz que em breve o Pedro tambem vai mostrar que merece uma oportunidade...
Bem, espero pelo próximo!!!
Beijo
Ana
P.S. Sou uma das escritoras da fic Barcelona. Reparei que les a nossa fic e a divulgas e agradecemos por isso. Tambem vamos divulgar esta fic, assim como ja o fizemos com outra fic tua (que ainda nao li mas vou aproveitar as ferias para faze-lo ;D )
Olá! :D
EliminarAinda bem que decidiste ler e ainda bem que estás a gostar! Fico realmente contente por saber que gostam do que escrevo e que vos capta a atenção para que continuem a seguir a história! :D
Sim, de facto leio a vossa fic e amo-a! Até a minha irmã já a lê e também adora! Só não costumo deixar comentários devido à falta de tempo, pois quando aqui venho é basicamente para postar e ver as novidades muito rápido! Quando escrevem eu copio e guardo em word para depois ler no meu telemóvel, em casa, pois só consigo aceder à internet na escola (por enquanto) e não consigo fazer muita coisa :s
Obrigada por divulgarem as minhas fics e espero que continuem a gostar do que lêem! E não têm de agradecer por divulgar a vossa, pois eu faço-o por acho que é realmente uma história interessante e que merece ser lida! :D
Beijinhos
Mónica
adorei...
ResponderEliminarcontinua... quero mais...