terça-feira, 26 de junho de 2012

Capitulo 2 (parte III)

Olá a todos!
Bem, eu sei que disse que não ia conseguir postar durante um bom tempo agora, mas entretanto consegui arranjar uma maneira e afinal vou conseguir ir publicando! :D
Agora deixo-vos aqui mais um capitulo e espero que gostem e deixem os vossos comentários!
Beijinhos

Mónica



(tomás)

Cheguei à estação, à frente da escola, às dez para as dez, e às dez a Catarina chegou.
-Bom dia - cumprimentei.
-Bom dia - sorriu.
-Então, preparada?
-È preciso alguma preparação para passar o dia contigo no Fórum?
-Para isso acho que não, eu estava a falar da viagem até ao Fórum.
-Porquê?
-Costumas andar de mota?
-Não... - respondeu, parecendo um pouco assustada. - Porque... Não vamos de mota, pois não?
-Porquê? Tens medo?
-Tenho!
-Se te agarrares bem não acontece nada.
-Mas e se...
-Se te agarrares bem estás segura! Podes agarrar-te com força, se quiseres.
Chegámos ao pé da minha mota e entreiguei-lhe o capacete.
-Oh Tomás, eu tenho medo...
-Não precisas, a sério! Eu vou devagarinho, 'bora lá!
Pusémos os capacetes e eu montei e acenei-lhe com a cabeça para que fizesse o mesmo. Ela fê-lo a medo e assim que rodeou o meu tronco com os seus braços fez tanta força que me ia impossibilitando de respirar.
-Se apertares assim, nem a meio do caminho, deixo de respirar!
-Desculpa! - pediu, soltando-me.
-Anda cá. - Segurei as mãos dela e voltei a colocá-las à volta do meu tronco. - Agarra-te assim mas não faças tanta força, senão deixas-me sem ar, e não precisas de ter medo, eu vou devagar e não vais cair nem vai acontecer nada, ok? Segura-te a mim e não vai acontecer nada. E podes fechar os olhos, pode ser que ajude.
-Ok.
Assim que liguei a mota senti-a estremecer. Sentia o coração dela a bater nas minhas costas, de tão acelerado que estava. Ela ajeitou os braços à minha volta e apertou-me, desta vez mais suavemente, apesar de a sentir estremecer várias vezes durante o caminho, principalmente quando inclinavamos mais em alguma curva ou quando voltavamos a andar depois de termos parado em algum sinal vermelho. Arranjei um lugar no estacionamento e desliguei a mota, quando acabei de colocar a mota.
-Já podes sair - informei-a, retirando o capacete. Ela soltou-me, saiu da mota e entregou-me o capacete.
-Wow! - exclamou, ao perder o equlibrio por momentos. Eu alcançei o braço dela.
-Então? Estás bem?
-Sim, só estava um bocadinho tonta.
-Foi a adrenalina! - brinquei.
-È, a adrenalina! - ironizou. - Eu estava era com medo!
-Vais ver que te habituas.
-Duvido.
-Porquê?
-Eu tenho medo de andar de mota na mesma!
-O medo não se perde assim, de um momento para o outro. È como confiar. Para confiares em alguém tens de ir aos poucos, devagarinho.
-Está bem, mas eu não tenciono andar de mota muitas mais vezes!
-Nem comigo?
-Não.
-Não te sentis-te segura?
-Senti. Senti-me segura, mas mesmo assim estava com medo.
-È o que eu te disse, se fores aos bocadinhos vais acabar por confiar aqui nesta menina! - sorri, pousando a mao no asento.
-Hm - não soou convencida, mas tinha tempo para convencê-la que não precisava ter medo.
Entrámos no Fórum e ficámos a passear até às seis da tarde, tirando a hora de almoço. Entrámos nas lojas, vimos coisas, experimentámos coisas, conversámos, rimos, enfim, divertimo-nos! E sabia muito bem divertir-me ao lado dela.
-Então e tu moras só com o teu pai? - perguntei.
-Moro.
-E a tua mãe?
-A minha mãe, já faleceu... - respondeu, pronunciando a última palavra com esforço.
-Desculpa linda, foi sem querer! - desculpei-me, rodeando os seus ombros com o meu braço e chegando-a para mais junto de mim. - È que, como tens falado só no teu pai eu...
-Não faz mal.
-Já foi há quanto tempo?
-Vão fazer 9 anos.
-Deve ser mesmo muito mau viver sem a mãe... Eu não consigo imaginar-me sem a minha.
-È, é mau, mas eu tenho o meu pai, que é espetacular!
-Ainda bem! Olha, eu não tenho o meu, mas sinceramente acho que prefiro ficar longe dele!
-Pois, se calhar...
-Bem, mas vamos andando lá para cima, então? Ainda tenho de ir levantar os bilhetes e buscar as pipocas e assim!
-Sim, vamos. Que filme é que é?
-Cosmopolis.
-A sério?
-Sim. Porquê? Não gostas do Robert Pattinson?
-Gosto, gosto! Só não pensei que tu gostasses.
-Ah, estava a ver! È que normalmente as raparigas gostam sempre dele! E eu não gosto nem desgosto dele, eu vejo. E eu gosto do filme em si.
-Ah ok. Mas ainda bem, então. Eu também queria ver esse filme!
-Óptimo! Vamos lá acima, então!
Ao intervalo saímos da sala para ir comprar duas garrafas de água porque dentro da sala estava muito abafado e as pipocas já faziam sentir alguma sede.
-Estás corada! - ri.
-Estou a morrer de calor! Mas olha que tu também já estás um bocadinho!
-Está super abafado lá dentro!
-Pois está! E eu preciso de água!
Fomos comprar as garrafas de água e depois voltámos para a sala. Pouco depois as luzes apagaram-se e o filme recomeçou.
-Foi super giro! - disse ela, quando nos levantámos, depois de as luzes terem voltado a acender, no final do filme.
-O Robert Pattinson é que não é nada de jeito! Eu sou mais bonito que ele! - ri, ao que ela me acompanhou.
De repente uma rapariga foi contra mim, e eu acabei por ir contra a Catarina.
-Desculpa! - desculpou-se a rapariga.
-Não faz mal! - respondi, olhando para trás. A rapariga ficou a olhar para mim, mas eu virei-me para a Catarina. - Desculpa! Magoei-te?
-Não faz mal, foi só um empurrãozinho!
-Ainda bem.
-Parece foi que gostaram de ir contra ti - comentou.
Voltei a olhar para trás e a rapariga que tinha ido contra mim estava ao pé de umas amigas mas com os olhos fixos em mim. Voltei a virar-me para a Catarina.
-Parece que sim - respondi, desinteressado.
-Podes ir lá falar com ela.
-Não me apetece. Vamos descendo?
-Vamos.
Já era hora de jantar, por isso fomos até à Pans. Saímos do Fórum já eram nove e vinte da noite.

-Pronto, chegámos! - anunciei, assim que parei a mota em frente da porta do prédio dela.
-Obrigada - agradeceu, tirando o capacete também e saíndo da mota. Ela voltou a sentir-se tonta. Já estava preparado para isso, por isso segurei-a.
-Como é que eu sabia que ias precisar de ajuda? - ri.
-Não é dificil de adivinhar, depois de ter acontecido hoje de manhã.
-È, foi isso e estares sempre a estremecer!
-Oh pá, não gosto de andar de mota!
-Vais aprender a gostar, vais ver! Mas pelo menos esse coraçãozinho já acalmou mais na viagem, e não sei se te apercebeste, mas diminuiste a força quando te estavas a segurar a mim.
-Pois, não reparei....
-Bem, a próxima semana já é a última semana de aulas!
-Nem quero pensar nisso!
-Porquê?
-Porque depois vou-me embora.
-Ainda tens tempo! Ainda tens de fazer os exames, não é?
-È, mas se passar à primeira fase depois vou-me logo embora.
-Vá, não penses nisso agora! Ainda tens algum tempo e vamos aproveitá-lo!
-Obrigada - agradeceu com um enorme sorriso.
-De nada - sorri também, abraçando-a e dando-lhe um pequeno e despercebido beijo na cabeça.
-Bom, é melhor eu ir entrando.
-Está bem. Até segunda.
-Até segunda. E obrigada pelo dia, foi espetacular! - agradeceu.
-Não tens de agradecer, eu também me diverti muito!
-Então vá.
-Espera aí! Falta o beijinho! - ri.
Ela sorriu e veio dar-me um beijo. Dei-lhe um beijo também, pus o capacete e liguei a mota. Acenei e depois fui-me embora.
Cheguei a casa e depois de ir até ao meu quarto pousar os capacetes e o casaco fui até ao quarto da minha mãe. O candeeiro estava aceso. Cheguei até junto dela e dei-lhe um leve beijo na testa, para não a acordar.
-Já chegaste, filho?
-Pensava que já estavas a dormir, mãe.
-Não, eu vim deitar-me à pouco tempo. Mas tu chegaste cedo. Como é que correu?
-Sim, cheguei, mas correu muito bem, diverti-me muito!
-Ainda bem.
-Bem, eu vou-me deitar, estou a ficar cansado. Até amanhã, mãe - voltei a dar-lhe um beijo e fui para o meu quarto.

2 comentários:

  1. Olá!
    Bem, se têm só uma semana toca a aproveitá-la, meninos!
    Não sei porquê mas sinto que está fic ainda me vai surpreender...
    Hum espero para ver!

    Beijo
    Ana

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    Respostas
    1. Olá!
      Bem, podes crer que vão aproveitar! ;p
      Espero que sim, espero que a fic te surpreenda, pela positiva, claro!
      Obrigada por deixares a tua opinião!
      Beijinhos

      Mónica

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