sábado, 30 de junho de 2012

Capitulo 2 (parte IV)




Olá!
Deixo-vos aqui mais este pequeno capitulo e espero que gostem e deixem os vossos comentários!
E esperem pelo próximo, pois, para além de ser maior vão ter uma surpresa (ou talvez não! xD)!
Beijinhos, e Obrigada* por tudo!

Mónica


(Tomás)

O ponto de confiança nunca foi dificil de conquistar com a Catarina. Não precisei de grandes palavras para sentir que a confiança já estava adquirida, melhor, estava conquistada. O sábado que passámos foi fantástico, mas no domingo não estivémos juntos, por isso tive de mandar-lhe mensagem. Precisava de falar com ela, parecia que se tinha tornado uma necessidade, nem que fossem apenas uns cinco minutos. Na segunda-feira, ao vê-la na escola, o meu primeiro impulso foi abraçá-la, e cumprimentá-la dessa forma fez-me sentir bem. Lembrei-me de quando ela se agarrou a mim, nas viagens de mota e sorri.
-Estás-te a rir do quê? - perguntou.
-Só me estava a lembrar da maneira que te agarraste a mim quando andámos de mota.
-Oh, não tem piada, eu tenho medo!
-Está bem, desculpa.
-Estás desculpado! - sorriu.
-Olha, eu hoje vou almoçar a casa e já não venho à tarde, tenho de ir a uma consulta. Mas podes mandar mensagem na mesma, está bem?
-Sim, mas, está tudo bem?
-Sim, está, é só uma consulta de rotina, nada demais!
-Ah, ainda bem.
-Achas que te posso ir levar à sala, ou o teu stôr reclama?
-Claro que não reclama, nem vais entrar na sala.
-Então vamos, eu vou contigo.

À hora de almoço saí da sala e estava a passar em frente ao pavilhão A quando avistei a Catarina e a Filipa a dirigirem-se também para o portão. Reparei que o amigo da Catarina estava a ir na direcção delas e não gostei muito da ideia, por isso apressei-me a ir ter com elas. Cheguei antes dele e ele ao ver-me com elas parou um instante e depois voltou a andar, em outra direcção.
-Olá! - cumprimentei-as.
-Olá - responderam.
-Eu vim só fazer uma pergunta, porque tenho de me ir embora - disse, dirigindo-me à Catarina.
-Diz.
-Vocês têm aulas à tarde?
-Não.
-Mas vais ficar cá?
-Vou.
-Então depois encontramo-nos no intervalo?
-Sim. Mas, tu podias ter mandado mensagem
-Não me apeteceu. Vi-vos agora aqui e aproveitei.
-Ok.
-Bem, tenho mesmo de ir. Até logo!
-Até logo.
Saí do portão, e depois de ter pedido o meu capacete ao Sr. António, peguei na mota e fui para casa. Almoçei num instante, lavei os dentes e a louça e voltei a pegar na mota para ir à consulta.

Catarina. Foi a primeira coisa que pensei, depois de acordar com o despertador. Levantei-me e no chão, ao lado da cama, estava o meu bloco. Antes de adormecer tinha estado a desenhar. Concientemente, só me apercebi do que estava a desenhar quando já tinha começado. Começei pelos olhos e reconheci-os logo, assim que percebi que estava a desenhar alguém. A Catarina. Estava de pé em frente da cama com o bloco na mão quando a minha mãe bateu à porta do meu quarto e entrou.
-Bom dia, filho. - Pousei o bloco na cama. - Desculpa, pensei que já estivesses arranjado.
-Oh, não faz mal, mãe. Eu só estava a ver um desenho que fiz ontem à noite - fui dar-lhe um beijo na testa. Vi-a espreitar para o bloco.
-É a rapariga com quem tens saído? - perguntou com um ligeiro sorriso.
-É.
-Parece ser boa rapariga.
-É, mãe. Ela é... fantástica.
-Ui que o meu filhinho está com um sorrisinho! - riu.
-Tinhas alguma coisa para me dizer? - perguntei a sorrir, tentando fugir ao assunto.
-Vinha-te dizer que me vou embora agora. Hoje tenho de ir mais cedo.
-Ok. Não te preocupes que eu arrumo a cozinha antes de sair.
-Obrigada.
-De nada. Vá, vai lá para não chegares atrasada!
-Até logo, filhote! - sorriu, dando-me um beijo.
-Até logo, mãe - dei-lhe um beijo na testa e ela saiu do quarto. Depois de me vestir e me arranjar, desci até à cozinha, tomei o pequeno-almoço, arrumei a cozinha e saí para a escola.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Capitulo 2 (parte III)

Olá a todos!
Bem, eu sei que disse que não ia conseguir postar durante um bom tempo agora, mas entretanto consegui arranjar uma maneira e afinal vou conseguir ir publicando! :D
Agora deixo-vos aqui mais um capitulo e espero que gostem e deixem os vossos comentários!
Beijinhos

Mónica



(tomás)

Cheguei à estação, à frente da escola, às dez para as dez, e às dez a Catarina chegou.
-Bom dia - cumprimentei.
-Bom dia - sorriu.
-Então, preparada?
-È preciso alguma preparação para passar o dia contigo no Fórum?
-Para isso acho que não, eu estava a falar da viagem até ao Fórum.
-Porquê?
-Costumas andar de mota?
-Não... - respondeu, parecendo um pouco assustada. - Porque... Não vamos de mota, pois não?
-Porquê? Tens medo?
-Tenho!
-Se te agarrares bem não acontece nada.
-Mas e se...
-Se te agarrares bem estás segura! Podes agarrar-te com força, se quiseres.
Chegámos ao pé da minha mota e entreiguei-lhe o capacete.
-Oh Tomás, eu tenho medo...
-Não precisas, a sério! Eu vou devagarinho, 'bora lá!
Pusémos os capacetes e eu montei e acenei-lhe com a cabeça para que fizesse o mesmo. Ela fê-lo a medo e assim que rodeou o meu tronco com os seus braços fez tanta força que me ia impossibilitando de respirar.
-Se apertares assim, nem a meio do caminho, deixo de respirar!
-Desculpa! - pediu, soltando-me.
-Anda cá. - Segurei as mãos dela e voltei a colocá-las à volta do meu tronco. - Agarra-te assim mas não faças tanta força, senão deixas-me sem ar, e não precisas de ter medo, eu vou devagar e não vais cair nem vai acontecer nada, ok? Segura-te a mim e não vai acontecer nada. E podes fechar os olhos, pode ser que ajude.
-Ok.
Assim que liguei a mota senti-a estremecer. Sentia o coração dela a bater nas minhas costas, de tão acelerado que estava. Ela ajeitou os braços à minha volta e apertou-me, desta vez mais suavemente, apesar de a sentir estremecer várias vezes durante o caminho, principalmente quando inclinavamos mais em alguma curva ou quando voltavamos a andar depois de termos parado em algum sinal vermelho. Arranjei um lugar no estacionamento e desliguei a mota, quando acabei de colocar a mota.
-Já podes sair - informei-a, retirando o capacete. Ela soltou-me, saiu da mota e entregou-me o capacete.
-Wow! - exclamou, ao perder o equlibrio por momentos. Eu alcançei o braço dela.
-Então? Estás bem?
-Sim, só estava um bocadinho tonta.
-Foi a adrenalina! - brinquei.
-È, a adrenalina! - ironizou. - Eu estava era com medo!
-Vais ver que te habituas.
-Duvido.
-Porquê?
-Eu tenho medo de andar de mota na mesma!
-O medo não se perde assim, de um momento para o outro. È como confiar. Para confiares em alguém tens de ir aos poucos, devagarinho.
-Está bem, mas eu não tenciono andar de mota muitas mais vezes!
-Nem comigo?
-Não.
-Não te sentis-te segura?
-Senti. Senti-me segura, mas mesmo assim estava com medo.
-È o que eu te disse, se fores aos bocadinhos vais acabar por confiar aqui nesta menina! - sorri, pousando a mao no asento.
-Hm - não soou convencida, mas tinha tempo para convencê-la que não precisava ter medo.
Entrámos no Fórum e ficámos a passear até às seis da tarde, tirando a hora de almoço. Entrámos nas lojas, vimos coisas, experimentámos coisas, conversámos, rimos, enfim, divertimo-nos! E sabia muito bem divertir-me ao lado dela.
-Então e tu moras só com o teu pai? - perguntei.
-Moro.
-E a tua mãe?
-A minha mãe, já faleceu... - respondeu, pronunciando a última palavra com esforço.
-Desculpa linda, foi sem querer! - desculpei-me, rodeando os seus ombros com o meu braço e chegando-a para mais junto de mim. - È que, como tens falado só no teu pai eu...
-Não faz mal.
-Já foi há quanto tempo?
-Vão fazer 9 anos.
-Deve ser mesmo muito mau viver sem a mãe... Eu não consigo imaginar-me sem a minha.
-È, é mau, mas eu tenho o meu pai, que é espetacular!
-Ainda bem! Olha, eu não tenho o meu, mas sinceramente acho que prefiro ficar longe dele!
-Pois, se calhar...
-Bem, mas vamos andando lá para cima, então? Ainda tenho de ir levantar os bilhetes e buscar as pipocas e assim!
-Sim, vamos. Que filme é que é?
-Cosmopolis.
-A sério?
-Sim. Porquê? Não gostas do Robert Pattinson?
-Gosto, gosto! Só não pensei que tu gostasses.
-Ah, estava a ver! È que normalmente as raparigas gostam sempre dele! E eu não gosto nem desgosto dele, eu vejo. E eu gosto do filme em si.
-Ah ok. Mas ainda bem, então. Eu também queria ver esse filme!
-Óptimo! Vamos lá acima, então!
Ao intervalo saímos da sala para ir comprar duas garrafas de água porque dentro da sala estava muito abafado e as pipocas já faziam sentir alguma sede.
-Estás corada! - ri.
-Estou a morrer de calor! Mas olha que tu também já estás um bocadinho!
-Está super abafado lá dentro!
-Pois está! E eu preciso de água!
Fomos comprar as garrafas de água e depois voltámos para a sala. Pouco depois as luzes apagaram-se e o filme recomeçou.
-Foi super giro! - disse ela, quando nos levantámos, depois de as luzes terem voltado a acender, no final do filme.
-O Robert Pattinson é que não é nada de jeito! Eu sou mais bonito que ele! - ri, ao que ela me acompanhou.
De repente uma rapariga foi contra mim, e eu acabei por ir contra a Catarina.
-Desculpa! - desculpou-se a rapariga.
-Não faz mal! - respondi, olhando para trás. A rapariga ficou a olhar para mim, mas eu virei-me para a Catarina. - Desculpa! Magoei-te?
-Não faz mal, foi só um empurrãozinho!
-Ainda bem.
-Parece foi que gostaram de ir contra ti - comentou.
Voltei a olhar para trás e a rapariga que tinha ido contra mim estava ao pé de umas amigas mas com os olhos fixos em mim. Voltei a virar-me para a Catarina.
-Parece que sim - respondi, desinteressado.
-Podes ir lá falar com ela.
-Não me apetece. Vamos descendo?
-Vamos.
Já era hora de jantar, por isso fomos até à Pans. Saímos do Fórum já eram nove e vinte da noite.

-Pronto, chegámos! - anunciei, assim que parei a mota em frente da porta do prédio dela.
-Obrigada - agradeceu, tirando o capacete também e saíndo da mota. Ela voltou a sentir-se tonta. Já estava preparado para isso, por isso segurei-a.
-Como é que eu sabia que ias precisar de ajuda? - ri.
-Não é dificil de adivinhar, depois de ter acontecido hoje de manhã.
-È, foi isso e estares sempre a estremecer!
-Oh pá, não gosto de andar de mota!
-Vais aprender a gostar, vais ver! Mas pelo menos esse coraçãozinho já acalmou mais na viagem, e não sei se te apercebeste, mas diminuiste a força quando te estavas a segurar a mim.
-Pois, não reparei....
-Bem, a próxima semana já é a última semana de aulas!
-Nem quero pensar nisso!
-Porquê?
-Porque depois vou-me embora.
-Ainda tens tempo! Ainda tens de fazer os exames, não é?
-È, mas se passar à primeira fase depois vou-me logo embora.
-Vá, não penses nisso agora! Ainda tens algum tempo e vamos aproveitá-lo!
-Obrigada - agradeceu com um enorme sorriso.
-De nada - sorri também, abraçando-a e dando-lhe um pequeno e despercebido beijo na cabeça.
-Bom, é melhor eu ir entrando.
-Está bem. Até segunda.
-Até segunda. E obrigada pelo dia, foi espetacular! - agradeceu.
-Não tens de agradecer, eu também me diverti muito!
-Então vá.
-Espera aí! Falta o beijinho! - ri.
Ela sorriu e veio dar-me um beijo. Dei-lhe um beijo também, pus o capacete e liguei a mota. Acenei e depois fui-me embora.
Cheguei a casa e depois de ir até ao meu quarto pousar os capacetes e o casaco fui até ao quarto da minha mãe. O candeeiro estava aceso. Cheguei até junto dela e dei-lhe um leve beijo na testa, para não a acordar.
-Já chegaste, filho?
-Pensava que já estavas a dormir, mãe.
-Não, eu vim deitar-me à pouco tempo. Mas tu chegaste cedo. Como é que correu?
-Sim, cheguei, mas correu muito bem, diverti-me muito!
-Ainda bem.
-Bem, eu vou-me deitar, estou a ficar cansado. Até amanhã, mãe - voltei a dar-lhe um beijo e fui para o meu quarto.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Informação! :c


Olá a todos!
Hoje venho aqui apenas para vos dar uma noticia, apesar de não ser muito boa e de não me agradar muito!
Agora com a escola a acabar e com a época de exames não vou conseguir voltar a publicar tão cedo!
O único sitio onde consigo aceder à Internet é na escola, e agora com o fim das aulas não vou poder continuar a aceder, por isso, não conseguirei publicar durante algum tempo!
No entanto, depois das fases de exames voltarei a publicar, pois vou mudar-me e aí já poder aceder à Internet a partir de casa! Não sei se vou ter de ir à 2ª fase (tomara que não precise!), mas se tiver de ir, só depois de dia 1 de Agosto, infelizmente, é que vou poder voltar a publicar!
Queria pedir-vos que apesar de eu ficar este tempo sem publicar, não desistam das minhas fics!
Eu prometo voltar a publicar assim que conseguir!
Obrigada por todo o apoio e todos os comentários e visitas e pelo interesse que demonstram!

Beijinhos, e já agora, boa sorte para os exames, quem os for fazer!

Mónica

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Capitulo 2 (parte II)




-A stôra faltou.
-Como é que sabes se ainda não são cinco horas?
-Os alunos que iam ter aula com ela às três e um quarto disseram-nos.
-Ah. Mas o que é que vieste aqui fazer?
-Vim assistir à tua aula. Não te importas, pois não?
A maneira como ele pediu foi espontânea e o sorriso que ele fez não me deixou.
-Mas tenho de perguntar primeiro ao meu stôr.
-Está bem, vamos lá.
Perguntei ao stôr se ele podia assistir à aula e o stôr disse que sim, mas sem ‘’destabilizar a aula’’. Calculei qual o aspecto que se estava a referir, mas escondi o sorriso pois tinha ficado um pouco envergonhada. O Tomás pelo contrário riu-se. Quando a aula começou o Tomás ficou sentado nos bancos, do outro lado das redes. Começámos com a corrida inicial.
-O Tomás não tira os olhos de ti! – sorriu a Filipa.
-Eu sei, eu sinto os olhos dele nas minhas costas! – Ela voltou a rir-se.
A aula decorreu normalmente, sempre com montes de palhaçadas e faltas de jeito. Saímos da aula a rir disso.
-Então, a aula foi boa! – sorriu-nos o Tomás, levantando-se.
-Se não contares com as figurinhas que fizemos, foi! – ri.
-As figuras não foram assim tão más! E tu és gira de qualquer maneira, por isso não faz diferença! – voltou a sorrir. Não consegui arranjar uma resposta. Fiquei tão envergonhada que me calei. A Filipa estava a fazer um esforço enorme para não desatar a rir-se ali, por isso acelerou mais o passo enquanto nós os três caminhávamos em direcção à entrada dos balneários. – Vão trocar de roupa, não é?
-É – respondi rapidamente.
-Então eu fico aqui à vossa espera!
Eu e a Filipa entrámos no balneário e ela desmanchou-se a rir.
-Não te rias! Não tem piada! – reclamei, no entanto estava a sorrir.
-Desculpa, mas eu tenho de me rir! A tua cara meteu piada!
-Oh pá , não gozes comigo, posha! Eu fiquei envergonhada, ok?
-Pois, eu reparei pela tua cara! E ele também deve ter reparado, pelo sorriso que ele fez…
-Está bem, mas já chega! Vamos embora?
-Vamos.
Saímos, entregámos a chave do balneário na recepção e o Tomás veio connosco até à estação, onde eu e a Filipa nos separávamos cada um para seu lado. Eu e o Tomás despedimo-nos dela e ele foi seguindo caminho comigo.
-Não tens de ir para casa?
-Não faz mal se demorar mais um bocado. A minha mãe já sabe, por isso não há problema.
-Moras muito longe da escola?
-Não. Uns 20, 25 minutos de mota.
-Tens mota?
-Tenho. Deixei-a na escola.
-Ah então ainda vais ter de voltar para a escola e só depois é que vais para casa?
-Sim. O Sr. António guardou-me o capacete, por isso não há problema.
-Ok…
-Então mas tu queres que volte já para trás?
-Tu é que sabes!
-Pois, então não volto, não quero!
-Mas mentaliza-te que vais ficar só à porta! – brinquei.
-Acho que ainda não está na altura de entrar.
Não percebi onde é que ele pretendia chegar realmente com aquela resposta, mas mesmo assim disse um ‘’Ok’’. Não conversámos muito mais porque entretanto chegámos à porta do meu prédio.
-Chegámos.
-É aqui?
-É.
-É fácil de decorar o caminho.
-E tu vais decorar o caminho?
-Já decorei.
-Para quê?
-Pode ser preciso.
-Acho que não vai ser preciso, até porque daqui a um mês e pouco vou mudar-me, por isso.
-Vais-te mudar?
-Vou.
-Para onde?
-É longe.
-Onde?
-Cascais.
-Não é assim tão longe.
-Mas é longe.
-Por maior que seja a distância, nunca é suficientemente longe para quebrar grandes laços.
De facto, o que ele tinha dito era verdade.
-Sim, tens razão – sorri. – Bem, tenho de entrar. Até amanhã.
-Está bem. Até amanhã – sorriu. Eu abri a porta do prédio. – Olha, não te está a faltar nada?
-O quê’
-Acho que mereço um beijinho, não? – riu.
-Oh, sim – dei-lhe um beijo na cara e ele deu-me um a mim em seguida.
-Assim sim! Até amanhã, linda – sorriu.
A última palavra causou um impacto no meu interior.
-Até amanhã, Tomás.
Em seguida entrei no prédio.

Durante os dois dias da semana que se seguiram, passei grande parte deles com o Tomás. Ambos gostávamos da companhia um do outro e riamos muito os dois. Gostava bastante de estar com ele. Na sexta-feira ele acabou as aulas às cinco e quarenta e cinco e eu fiquei na biblioteca da escola até à mesma hora, então combinámos ficar até às seis juntos, segundo ele, para compensar a manhã. Acabámos por ir até ao McDonald’s comer um gelado.
-Amanhã tens alguma coisa para fazer? – perguntou-me.
-Não, em principio não.
-Queres ir dar uma volta comigo?
-A que horas?
-Não sei… Saiu um filme novo agora que eu queria ir ver, queres ir comigo?
-Não tenho dinheiro para pagar o bilhete.
-Ainda bem, assim pago-te o dia todo!
-Hã?
-Passamos o dia no Fórum e depois vamos ver o filme.
-Tens noção que estás a gastar muito dinheiro comigo e eu não gosto disso.
-Oh, até parece. Se eu tenho, se eu posso e se eu quero, porque é que não hei-de gastar? E é o meu dinheiro, é o dinheiro que eu junto. E eu não tinha planeado para o que é que ia servir, ainda só estava a juntá-lo, por isso, está a ser bem gasto.
-Mesmo assim, não gosto que gastes dinheiro assim comigo.
-E eu quero lá saber! -  gozou. – Come mas é o gelado senão derrete! – riu.
-Parvo! – sorri.
Ele riu.


(Tomás)


Não conseguia explicar porquê, mas os olhos dela sempre me tinham deixado meio hipnotizado. De cada vez que olhávamos um para o outro, quando não estávamos juntos, um sorriso iluminava a minha cara e o dela, apesar de ser tímido no principio, deixava-me com mais vontade de sorrir. Mesmo depois de nos termos conhecido e termos começado a falar. Agora, todo o tempo que conseguia arranjar, tentava estar com ela. Sentia-me bem com ela. Conseguia ter conversas que não conseguia ter com mais ninguém, por exemplo, falar do meu pai, um assunto que não me agradava muito, mas que não se tornava tão difícil de falar com ela.
Na sexta-feira, finalmente entreguei o desenho que a Cátia me tinha pedido e consegui safar-me antes de ela começar a falar outra vez da Sara. Desde que acabei a última aula da tarde, até às seis, fiquei com a Catarina. Fomos até ao McDonald’s comer um gelado e ficámos lá a conversar. Acabei por conseguir convencê-la a aceitar o meu convite para passar o sábado comigo. Era sempre bom estar com ela, mas ia ser melhor porque desta vez não era na escola e não havia o tempo das aulas para interromper.


E agora, como é que será que vai correr o sábado destes dois? O que é que irá acontecer?

Olá a todos!
Espero que tenham gostado de mais este capitulo e que continuem a deixar os vossos comentários, aos quais dou muita importância e me deixam muito contente ao lê-los e saber que estão a gostar!

Beijinhos

Mónica

terça-feira, 12 de junho de 2012

Capitulo 2 (parte I)





Estava a chegar à estação para ir para a escola. Quarta-feira. Cada dia o fim das aulas estava mais próximo… Cada dia ficava com mais saudades, mesmo sem ter ido embora ainda… Senti alguém atrás de mim e virei-me para ver quem era.
-Bom dia – cumprimentou-me o Pedro, acertando o seu passo com meu.
-Bom dia.
-As aulas estão quase a acabar, hã.
-Pois estão – respondi, enquanto caminhávamos para a escola.
-O que é que vais ter agora?
-Português.
-Ah. Ainda tens o livro da Sofia, não é? Se precisares dás-mo que eu entrego-lho, depois dos exames.
-Obrigada, mas não vai ser preciso. Já falei com a Rita e ela entrega-lho.
-Estás chateada? – perguntou de repente.
-Com o quê?
-Com alguém.
-Não. Porque é que perguntas isso?
-Estás a falar de maneira diferente. Costumavas falar sempre num tomalegre e estavas sempre a sorrir…
-Não Pedro, simplesmente estou a achar estranho tu vires falar comigo novamente e tão de repente.
-Eu não deixei de te falar.
-Pois não, desculpa, fui eu que passei os últimos dois anos a ignorar-te quase totalmente!  -ironizei.
-Eu não te ignorei.
-Não Pedro, claro que não, se calhar quem fez isso fui eu!
A conversa já estava a irritar-me! Felizmente mais uns cinco, seis passos e chegávamos ao portão da escola, onde ele iria muito provavelmente ficar com os amigos.
-Podemos falar no intervalo? – pediu.
-Não. Vou estar ocupada!
-Ocupada?
-Sim. Adeus – respondi, descendo as escadas para entrar na escola. Ele ficou lá, como eu tinha calculado.
Ainda ia a pensar na lata que o Pedro tinha tido para começar aquela conversa, quando o Tomás apareceu ao meu lado, enquanto eu passava pela porta do refeitório.
-Bom dia! – sorriu.
-Que susto! – no entanto mostrei um sorriso. A conversa até à escola tinha-me deixado chateada, mas o sorriso e a energia do Tomás mudaram logo o meu humor. – Bom dia.
-Está tudo bem? Não entraste na escola com muito boa cara. Foi porque viste o teu amigo? – perguntou, tentando ao mesmo tempo animar-me.
-Agora já está tudo bem. E já te disse que ele não é meu amigo!
-Está bem, pronto, não falo mais no teu amigo, então! – sorriu.
-Tomás! – mas desmanchei-me num sorriso.
-Olha, eu hoje saio às onze e meia e tenho duas senhas para o refeitório. Vens almoçar comigo?
-Outra vez?
-E então? E olha que desta vez só te estou a oferecer a senha do refeitório!
-Está bem. Eu também saio às onze e meia.
-Boa. Encontramo-nos à porta do refeitório, quando tocar para as onze e quarenta e cinco?
-Sim, pode ser.
Chegámos ao pé da Filipa e do nosso grupo.
-Então até logo – despediu-se com um sorriso. - Olá Filipa! – cumprimentou, vendo a minha melhor amiga.
-Olá – respondeu ela.
-Até logo – despediu-se.
-Oh, oh fofinha, quem é que é aquele? – perguntou-me a Miriam.
Passámos o tempo até ao toque de entrada a falar do Tomás e da maneira como tínhamos começado a falar. Depois eu e a Filipa seguimos para a sala para termos a primeira aula.No intervalo, eu e a Filipa fomos para o local habitual com o nosso grupo, e no muro do outro lado estava o Tomás com um grupo de colegas. Entre conversas com a Filipa e com o resto das raparigas, o meu olhar fugia para olhar para o Tomás, e a maior parte das vezes os nossos olhares cruzavam-se e sorriamos imediatamente. Quando soou o toque de entrada eu e a Filipa despedimo-nos do resto das raparigas, enquanto o Tomás foi para a porta do refeitório.
-Eu já venho, vou só levar a Filipa ao pé da estação - disse-lhe eu.
-Não vais nada! - reclamou ela.
-E tu vais sozinha?
-E eu vou-me perder, por acaso?
-Olha, desculpem lá estar a meter-me, mas, porque é que não vamos todos até à estação e depois eu e a Catarina voltamos? Quer dizer, se não houver problema de eu ir!
-Não, claro que não! - respondeu a Filipa.
-Então pronto, resolvido! Vamos? - disse ele.
-Vamos! - respondeu ela.
Saímos da escola e estavamos todos muito calados, até que o Tomás decidiu interromper esse silêncio e começar a fazer perguntas à Filipa e começar a meter assunto com as duas. Depois eu e o Tomás voltámos para a escola.
-Vamos almoçar já? - perguntou.
-Vamos.
Entrámos no refeitório, tirámos os tabuleiros e por fim fomos sentar-nos numa mesa a um dos cantos.
-Disseste que também gostas de desenhar, não é? - perguntou.
-Sim, gosto.
-Podias desenhar qualquer coisa para eu ver - pediu.
-Não me vai sair nada de jeito... Tu é que me podias deixar ver um dos teus desenhos.
-Hoje não tenho aqui nenhum... Mas isso resolve-se já! - Foi à mochila e tirou uma folha e um lápis. Em poucos minutos fez um desenho não muito grande mas algo elaborado. Estava espetacular. - Toma. Podes ficar com ele - assinou o desenho numa das extremidades, colocou a data e deu-me a folha. Aceitei-a e fiquei a admirar o desenho.
-Obrigada - agradeci. - Está mesmo fantástico... - mal consegui dizer.
-Isso nem é nada. Tenho um monte de telas em casa, muitas ainda nem estão acabadas. Qualquer dia levo-te ao meu atelier.
-Tens um atelier? - perguntei surpreendidamente curiosa.
-Não é bem um atelier. Eu e a minha mãe resolvemos transformar um quarto que não era utilizado, então eu tornei-o no meu atelier, digamos assim.
-Levas isso mesmo a sério - comentei.
-Já te disse que é a minha paixão - sorriu.
-È, dá para ver - sorri também. -Bem, é melhor começar-mos a comer, senão o comer fica frio!
-È melhor!
Começámos a comer, mas pouco tempo depois ele disse uma coisa que me fez pousar a colher.
-Gostas muito de olhar para mim - sorriu.
-Olha quem fala!
-Eu não disse que não olhava.
-Mas tem algum mal?
-Não, claro que não! Eu até acho piada, mesmo depois de nos conhecermos continuarmos com isso - sorriu.
-Eu também acho giro - sorri também.
De repente chegou uma rapariga ao pé de nós, pousou o tabuleiro ao lado do Tomás e sentou-se.
-Olá Tomás! - cumprimentou ela, dando-lhe um beijo na cara.
-Olá - respondeu, surpreendido.
-Ontem não vieste almoçar - comentou ela.
-Aqui não. Fui almoçar a outro sitio - respondeu ele, sorrindo enquanto olhava rapidamente para mim.
-Então e o desenho que te pedi no outro dia, já o acabaste?
-Está quase.
-Tenta não demorar muito, é que eu queria pô-lo no quarto ao mesmo tempo que vou pôr a secretária nova.
Ele fez uma careta que tentou disfarçar com a resposta.
-Vou tentar acabá-lo até sexta, então.
Eu fiz um esforço para não me rir.
-Ok. Então e as aulas? E a Sara? Tens estado com a Sara? - perguntou ela.
-As aulas vão bem, e não, não tenho visto a Sara.
-Porquê? - pareceu surpreendida.
-Porque ela é granda chata! Não me larga, fogo!
-Coitada! Não é nada chata!
-Pois, não é a ti que ela passa a vida a mandar mensagens e a ligar e a chatear com coisas estúpidas...!
-Não é assim tão mau.
-Não, claro que não - ironizou ele.
-Bem, eu tenho de ir embora! Depois falamos, ok? Manda mensagem ou assim!
-Não tenho mensagens, agora!
-Está bem, então depois falamos! E não te esqueças do desenho!
-Hm-hm.
Ela deu-lhe um beijo na cara, levantou-se, foi levar o tabuleiro e saiu do refeitório.
-Fogo, esta miúda dá-me dores de cabeça! - reclamou.
-Ela é um bocadinho...
-Não se cala! E só sabe meter-se onde não deve!
-Pois, o assunto da Sara, não é?
-È. Tipo, ela mete-se porque a Sara é uma das melhores amigas dela, que consegue ser mais chata que ela, mas quer dizer, empurrar a amiga dela para mim é demais!
-Acho que consigo imaginar.
-Não sei se consegues! - riu.
Terminamos de comer e eu decidi fazer-lhe uma pergunta.
-Tomás, posso perguntar-te uma coisa?
-Podes.
-Porque é que vieste ter comigo quando tens amigas tão giras?
-Porque estou farto destas amigas giras. São umas chatas e não me largam! Mas tu és gira e não és chata, gosto de estar contigo!
-Só me conheceste ontem.
-Não interessa! Acho que já tive mais conversas sérias e longas contigo desde ontem do que com elas desde que as conheço! Elas podem ser giras, mas a cabeça delas está pelo menos metade, oca! Até mete impressão!
-Oh Tomás, também não precisas de falar assim! Se elas fossem mesmo uma espécie de barbies acho que não te davas com elas, por isso elas devem ter coisas boas, como todas as pessoas têm!
-Eu não disse que não tinham, óbvio que têm, só que a maior parte do tempo esta maneira de ser delas, a parte chata, consegue superar o resto, e isso cansa! E depois têm de vir sempre ter comigo! Conhecem mais rapazes, mas vêem sempre ter comigo!
-São as consequências de seres giro! - ri.
-È, eu acho que é mesmo isso!
Ambos rimos. Levantámos os tabuleiros e saímos do refeitório.
-Ainda tens aulas à tarde? - perguntei.
-Tenho. Entro à uma e meia. E tu?
-Educação Fisica, às cinco.
-E vais para casa?
-Não. Eu fico sempre cá na escola.
-Vais ficar este tempo todo aqui sozinha?
-Eu entretenho-me.
-Podias fazer um desenho para eu ver, no intervalo?
-Vou ver o que consigo fazer.
-Vou ficar à espera!
-Está bem. Mas não esperes grande coisa. Eu disse que gosto de desenhar, não que faço grandes ou pequenas obras, como tu fizeste à bocado.
-As minhas obras estão em casa, isso é um desenho.
-Hm-hm.
Ficámos sentados no murinho ao pé do refeitório e continuámos a conversar, mas entretanto tocou para a uma e um quarto e apareceu um amigo dele. Eles ficaram à conversa e tocou para a uma e meia.
-Bem, tenho de ir para a aula. Depois falamos - disse-me o Tomás.
-Ok.
-Olha, agora lembrei-me! Ainda não tenho o teu número! - estendeu-me o telemóvel dele, eu marquei o meu númEro e devolvi-lho. - Obrigado. Vou-te dar um toque para ficares com o meu.
Poucos segundos depois estava a receber uma chamada.
-È este? - perguntei.
-È. Depois posso mandar-te mensagem?
-Não estavas sem mensagens?
-Quem é que disse uma coisa dessas? - riu.
-Ninguém - sorri.
-Posso mandar?
-Podes.
-Então até já - sorriu, dando-me um beijo na cara e levantando-se.
-Até já.
Ele e o amigo foram para a aula e eu deixei-me estar ali. Peguei no desenho que ele me tinha dado e fiquei a admirá-lo. Era mesmo espetacular...
-Olá! - cumprimentou-me a Rita, sentando-se onde o Tomás tinha estado sentado.
-Olá!
-Foi o teu pai que fez isso? - perguntou-me, referindo-se ao desenho.
-Não, este não foi ele.
-Então quem é que fez?
-O Tomás.
-O Tomás? Quem é o Tomás?
-Ah, pois, ainda não te contei...
Resumi-lhe o que se estava a passar e contei-lhe quem era o Tomás e como é que tinhamos começado a falar.
-Agora quero ver quem é esse Tomás!
-Em principio vou estar com ele no próximo intervalo. - Recebi uma mensagem. De: Tomás: Se no próximo intervalo estiveres livre vou ter contigo. Em frente do pavilhão A, pode ser? Respondi que sim. - Vou estar com ele. Podes ficar comigo e conhecê-lo.
-Não posso porque eu tenho de me ir embora, depois dizes-me quem é.
-Está bem. Mas vais já embora?
-Às duas.
Ficámos à conversa até ela ir embora e depois peguei numa folha e começei a desenhar. De repente, alguém se sentou à minha frente. Eu estremeci com o susto.
-Que susto, Tomás!
-Desculpa! - sorriu.
-O que é que estás aqui a fazer? Não estás a ter aula?
-Pedi para vir à casa-de-banho - sorriu matreiramente.
-Desculpa, mas eu acho que não gosto muito de ser assemelhada a uma casa-de-banho...
Ele riu-se.
-Não era suposto fazer nenhuma comparação, foi só uma desculpa que dei à stôra para vir cá fora.
-Ah.
-Ficaste aqui desde que me fui embora?
-Fiquei.
Ele olhou para a folha que eu estava a segurar.
-Estás a desenhar?
-Estou.
-Deixa-me ver - pediu. Dei-lhe a folha. - Se fizesses aqui umas alterações... Posso? - Acenei que sim e ele pegou no lápis e começou a traçar na folha. - Se fizesses assim ficava melhor - sugeriu, entregando-me a folha e o lápis.
-Obrigada.
-De nada. Bem, tenho de ir embora, senão a stôra...
-Sim, vai.
-Até já, então.
-Até já.
Até tocar para as três, o toque de saída, estive a terminar e aperfeiçoar o desenho e entretanto o Tomás voltou a aparecer ao pé de mim.
-Ainda de volta disso? - perguntou.
-Acabei agora.
-Deixa ver! - Dei-lhe o desenho. - Para quem dizia que não ia sair nada de jeito, está bom - sorriu.
-Com os teus toquezinhos é normal que tenha saído alguma coisa.
-As mãos aqui do artista só fazem coisas boas! - Ambos gargalhamos. - Mas vá, vamos dar uma volta. Estou farto de estar quieto!
-Ok.
Levantámo-nos e fomos conversando enquanto andávamos às voltas na escola. Esse tempo passou rápido, porque voltou a tocar para a entrada.
-Pronto, tenho de me ir embora outra vez!
-Olha, muito provavelmente no próximo intervalo não vou estar cá. Tenho de ir mais cedo, vou ter Educação Fisica.
-Ih, pois é... Está bem, pronto, então até amanhã.
-Até amanhã - sorri.
Ele deu-me um beijo na cara e pediu-me um. Dei-lho e depois ele virou-se para ir para a aula. Eu fui até à biblioteca ver o meu e-mais e assim fazer tempo até chegar a hora de ir-me embora para ir ter Educação Fisica.
-Não foste à net, hoje à tarde? - perguntou-me a Filipa quando cheguei junto dela.
-Não. Estive entretida a desenhar. Só fui ao mail à bocado, quando fui para a biblioteca.
-Ah, está bem.
-O stôr já tem a chave do balneário?
-Não sei.
-Eu vou lá perguntar.
O stôr já tinha a chave então fomos equipar-nos. Poucos minutos depois saimos do balneário e eu fui entregar a chave ao professor.
-Já viste quem é que chegou? - perguntou-me a Filipa.
-Não. - Olhei para a entrada e vi o Tomás. Fui ter com ele. - O que é que estás aqui a fazer?


Olá!
Bem, espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar para eu saber a vossa opinião sobre esta nova história!
Beijinhos

Mónica

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Capitulo 1 (parte II)





A aula passou rápido e quando tocou eu e a Filipa saímos da sala.
-Eu sabia que tu ias chegar atrasada! - gozou ela, enquanto nos dirigíamos para os monoblocos para irmos à casa-de-banho.
-E pelos vistos vou sair mais cedo de Inglês...
-O quê? Como assim?
-Ele disse que ia falar com a stôra de Inglês para ela me deixar sair ao meio-dia e meia, e disse que ia bater à porta da sala para me ir buscar! - Ela começou a rir-se. - Estás-te a rir do quê? Não tem piada!
Ela entrou nas casas-de-banho e eu fiquei lá fora à espera, a segurar as coisas dela. O Tomás vinha a descer a rampa em direcção aos monoblocos, com uns amigos.
-Já falei com a stôra! - sorriu, parando à minha frente enquanto os amigos seguiram caminho. - Quando eu bater à porta tu vens comigo! E não adianta reclamares, a stôra já está convencida! - sorriu novamente e foi-se embora.
A Filipa saiu da casa-de-banho e nós seguimos para a sala. Fui pousar a mala na minha mesa e fui ter com a stôra.
-Oh stôra, alguém falou consigo para eu sair mais cedo da aula?
-Falou, sim, o Tomás.
-E a stôra deixou?
-Deixei, o rapaz insistiu tanto que eu tive de deixar. Mas também já estamos no final das aulas, se saíres mais cedo não há problema nenhum e é uma excepção.
-Oh stôra... Podia não ter deixado.
-Ah, mas queres que eu não deixe? Se quiseres que eu não deixe é só dizeres que quando ele bater à porta eu digo-lhe que tu já não vais!
-Não. Deixe estar. Se a stôra deixa...
-Ah, bem me parecia que não ias querer ficar na sala com um rapaz todo giro a vir buscar-te, ou não é? - sorriu a stôra. Tocou para o inicio da aula. Começaram a chegar mais colegas, alguns deles começaram a falar com a stôra e eu aproveitei para ir para o meu lugar.
-Então, o que é que a stôra disse? - perguntou-me a Filipa, assim que me sentei.
-A stôra deixou mesmo! E ainda se pôs a ''gozar'' comigo!
-Ahahah, não posso! Então o Tomás vem mesmo buscar-te à sala?
-Vem...
Ela riu. Entretanto começámos a aula. Corrigimos o trabalho de casa e pouco mais, pois no meio começámos a debater o tema de uma ficha que a stôra tinha distribuído. O toque do meio-dia e meia soou. Já tinha as minhas coisas arrumadas e já estava preparada para me levantar, para que o Tomás não tivesse uma grande nem mínima aparição durante muito tempo. Pouco depois bateram à porta. O meu coração deu um salto com o susto. Felizmente era uma funcionária com um comunicado... Mas quando a funcionária ia a sair, bateram novamente à porta.
-Sim? - respondeu a stôra.
-Posso stôra? - perguntou ele, abrindo a porta.
-Claro Tomás! - virou-se para mim. - Mónica, podes ir!
A funcionária saiu da sala, ele desviou-se e eu apressei-me a sair também.
-Obrigado stôra! - sorriu ele, fechando a porta da sala.
-Nem acredito que fizeste isto! - resmunguei.
-Nem eu, sabes? - riu. - Vamos almoçar?
-Vamos.
Descemos as escadas e seguimos para o McDonald's que havia ao lado da escola.
Quando lá chegámos haviam algumas pessoas nas filas, mas passado algum tempo atenderam-nos. Sentámo-nos numa das mesas ao lado da porta de entrada. Demorámos a comer porque passámos grande parte do tempo a conversar.
-Olha, o teu amigo acabou de entrar.
-Deixa-o estar. Posso ir buscar os gelados ou não?
-Podes, mas eu podia lá ir.
-Preciso de esticar as pernas!
-Está bem - deu-me o dinheiro.
-Queres o Sundae de Caramelo, não é?
-Sim.
-Já venho!
Levantei-me e dirigi-me para a fila. Não estavam muitas pessoas.
-Olá - ouvi ao meu lado. Era o Pedro.
-Olá - respondi.
-Tudo bem?
-Tudo.
-Saíste mais cedo?
-Saí. - Chegou a minha vez de ser atendida. - Boa tarde. È um Sundae de Morango e outro de Caramelo, por favor - pedi.
-Dois? - perguntou o Pedro.
-Não é só para mim.
-Ah...
O empregado trouxe os gelados e eu paguei.
-Obrigada - peguei no tabuleiro e virei-me para voltar para a mesa.
-Tchau! - disse o Pedro.
-Adeus - respondi, lançando um olhar fugaz para trás. Cheguei à mesa e pousei o tabuleiro.
-Então, o teu amigo foi falar contigo? - gozou o Tomás.
-Ele não é meu amigo.
-Mas ele deve querer ser, está sempre a olhar.
-Não quero saber.
-Está bem. Então e depois do gelado voltamos para a escola?
-Convêm, e convêm despacharmo-nos que já deve estar quase a tocar para a uma e meia.
Ele olhou para o relógio.
-Faltam cinco minutos! - constatou, pegando na colher apressadamente para comer o gelado. Com tanta pressa sujou a mesa com gelado ao levar a colher à boca. - Fogo! - reclamou, pegando num guardanapo para limpar a boca e depois limpou a mesa. Eu desmanchei-me a rir.
-Não podes ir a comer pelo caminho, como eu vou fazer? Assim escusas de estar a comer à pressa e vamos já andando - sugeri quando parei de rir.
-Oh, claro! Se eu tivesse pensado nisso!
Levantámo-nos e ele levou o tabuleiro para o sítio. Reparei que na mesa ao lado estavam o Pedro e o Miguel e o primeiro estava a olhar para mim e para o Tomás. Eu e o Tomás saímos do McDonald’s e voltámos para a escola.
-Vou ter Desenho – disse ele, deitando o copo do gelado no caixote do lixo.
-E ainda estão a ter aulas normais?
-Sim. Nós só acabamos as aulas a 14 de Junho.
-Pois é.
-Vais ter aulas?
-Não, mas vou ficar cá na escola. Tenho de ir fazer umas coisas à biblioteca.
-Então estás cá no próximo intervalo?
-Sim.
-Posso ir ter contigo à biblioteca, então?
-Podes, mas não sei como é que não te cansas de estar sempre comigo.
-Se eu estivesse cansado não insistia tanto para ficar contigo!
-Está bem. Então até já e boa aula.
-Até já – sorriu.
Eu subi até à biblioteca no pavilhão A.


Espero que gostem deste capitulo e que deixem os vossos comentários, que são muito importantes!
Beijinhos

Mónica