Olá!
Bem, antes de tudo, DESCULPEM PELA IMENSA
DEMORA EM POSTAR! Vocês mereciam que vos tivesse dito algo, mas, sinceramente
não tenho andado com muita paciência, para além de que tenho andado com uns
problemas em casa, e a inspiração também não tem sido muita :c Desculpem!
Mas bom, aqui está mais um capitulo! Não é
muito grande, mas foi o que consegui! Espero que gostem e que não tenham
desistido da fic!
Beijinhos*, espero os vossos comentários! :D
Mónica
(Catarina)
Nos primeiros
minutos depois de o Tomás me ter deixado no Fórum, uma ansiosidade mínima
atormentou o meu sistema. O encontro dele com o pai deixava-me nervosa. Pelo
que sabia, tal homem não era ‘’flor que
se cheirasse’’, e eu não queria ver o Tomás sofrer por causa de tal
individuo. Mas entretanto tal assunto foi tomando apenas um recanto no meu
pensamento, deixando-me ficar menos receosa naquele tempo que despenderia
sozinha pelo Fórum. Acabei por encontrar amigos e amigas minhas e dispensar
parte do meu tempo com eles, mas depois tomámos caminhos diferentes. Fiz menos
demoradamente o que tinha de fazer e por último aproveitei e fui vendo diversas
coisas para que pudesse ter uma ideia já para o presente de aniversário do
Tomás. Pouco depois, após receber uma mensagem do Tomás a informar que já se
encontrava no Fórum, fui ter com ele. Ele esboçou um sorriso e recebeu-me com
um beijo, porém julguei sentir certa tensão na sua forma de estar.
-Então, como é que
correu? – acabei por perguntar, receosamente, após sairmos da bilheteira,
seguindo uma espera de quarenta e cinco
minutos para a nossa sessão.
-Mal, claro. Ele
foi um estúpido e interesseiro como sempre. Nem sei para que é que me dei ao
trabalho.
-O que é que ele
queria, afinal?
O Tomás acabou por
contar-me o que se tinha sucedido naquele espaço de tempo. Já não era nada que
ele já não esperasse, porém, era deplorável que, após tanto tempo sem um
confronto cara-a-cara, o primeiro após tanto tempo fosse com a futilidade que
fosse. Porém, apesar do mau encontro, as suas palavras finais com o pai,
aquelas que tratavam de mencionar o meu nome e explicitar o conhecimento que
cada um detinha acerca da palavra e dos sentimentos derivados e designados de
amor, haviam trazido um sorriso meio desajeitado, mas doce, aos meus lábios.
-Porque é que
estás a sorrir? – perguntou-me, passivamente, após terminar o relato dos
acontecimentos.
-A última parte da
conversa com o teu pai… Disseste coisas tão lindas… - sorri novamente.
-Podem ser lindas,
mas o que mais importa é que são verdadeiras – rematou, sorrindo também.
Aproximei-me dele e presentei-o com um longo e carinhoso beijo, ainda movido
pela comoção causada pelas suas palavras
-E em relação à
tal Margarida, não vais mesmo conhecê-la?
-Se o fizesse ia
estar a fazer o favor ao meu pai!
-Pois…
-Bom, mas já chega
deste assunto, por favor! Vamos andando para o cinema? Compramos já as pipocas
e assim, já falta pouco para a nossa sessão! – sugeriu, levantando-se.
-Sim, vamos! –
concordei, tomando-lhe o gesto.
Após o filme
regressámos a casa do Tomás. Quando lá chegámos não encontrámos a D. Francisca,
em vez disso, estava um bilhete em cima da cama dele, direcionado a nós.
Tomás e Catarina, A D.Alice pediu-me que
ficasse com as meninas, por isso passarei a noite lá em casa. Mas deixo-vos o
jantar no forno. Tomás, tens o dinheiro para a senha de almoço no sítio do
costume. Boa noite, e juízo!
Beijinhos mãe/ Francisca
-E pronto, mais
uma noite por nossa conta! – sorriu, colocando o bilhete em cima da secretária.
-Oh, coitada da
tua mãe, trabalhar a noite inteira a tomar conta de duas pestes!
-Ela já está
habituada. Para além de que elas com a minha mãe portam-se bem!
-Mesmo assim,
trabalhar a noite inteira…
-Sim, mas vá,
agora vamos jantar porque estou cheio de fome!
Descemos até à
cozinha e servimo-nos do delicioso lombo que a D. Francisca nos tinha deixado.
Depois de jantarmos e lavarmos a loiça ficámos na sala a ver televisão.
-Apetece-me
desenhar – desabafou.
-A estas horas?
-Oh, sabes que não
escolho a altura.
-Pronto, sim, eu
sei. Mas então olha, se te apetece, vai desenhar!
-Mas eu quero
desenhar-te a ti!
-Outra vez? Não te
cansas!
-Não, não canso!
Vá lá! – pediu.
-Está bem, pronto!
– cedi.
Subimos até ao seu
atelier e ele preparou as coisas, mas
depois desistiu e ficou-se pelo seu bloco e o lápis de carvão. Indicou-me mais
ou menos como queria que eu me posicionasse e depois começou a traçar.
-Oh Tomás –
chamei..
-Diz – respondeu,
fazendo a sua voz soar ainda submersa na concentração inquebrável que pairava
no seu semblante. Olhei-o e pareceu-me ainda mais belo do que há alguns minutos
atrás.
-Esta parede podia
estar mais colorida – disse, apontando a parede preta. – Sei lá, podias fazer a
mesma coisa que já está nas pontas, mas na parede toda.
-Por acaso… -
concordou, elevando finalmente a cabeça para me olhar, após me ter ouvido
atentamente.
-Eu acho que
ficava giro. E ficava mais alegre!
-Sim, concordo
contigo – afirmou, pousando o bloco e o lápis no chão, erguendo-se em seguida.
Foi até ao cantinho onde se encontravam as tintas e as telas e voltou para
junto de mim com baldes de tintas. – Ajudas-me a trazê-las para aqui? – pediu,
indicando com a cabeça o local de onde acabara de sair.
-Ajudo! – acedi,
levantando-me logo de seguida. Depois de todas as tintas se encontrarem junto
da parede ele foi buscar jornais, que estendeu sobre o chão para que este não
se sujasse.
-Toma! – disse-me,
estendendo-me um pincel. – Tenta fazer parecido com o que já está! – pediu.
Abrimos todos os
baldes de tintas e começamos a pintar. Consegui fazer o que ele me tinha
pedido, mas de repente aconteceu algo que me impossibilitou de continuar.
-Tomás – ele olhou
para mim. – O pincel caiu para dentro do balde… - Ele deu ma gargalhada.
-E agora, o que é
que queres que eu faça? – disse, entre risos.
-Oh pá, não gozes!
-Não, mas a sério,
o que é que queres que eu faça? – perguntou ainda com um breve sorriso no
rosto.
-Como é que vou
pintar, agora?
-Olha, com as mãos
também dá! – riu.
-Com as mãos?
-Sim – respondeu
enquanto pousava o pincel em cima dos jornais. Em seguida mergulhou a ponta dos
dedos num dos baldes, e eu cheguei-me mais atrás, não fosse ele ter ideias. –
Tens medo de te sujar, é? – perguntou, olhando-me de forma desafiadora.
-Não, mas…
-Então pronto! –
sorriu, tocando rapidamente no meu nariz, deixando aí uma marca de tinta. –
Podes começar a sujar as mãos, se não tens problemas! – riu.
-Não precisavas de
me sujar! – tentei parecer chateada.
-Oh, ficaste
chateada, foi? – riu, brincando.
-Fiquei! –alinhei,
colocando desta vez uma marca de tinta na sua cara.
-Ainda bem, porque
eu fiquei mais! Não te vou largar enquanto não estiveres igual à parede! – riu,
estendendo novamente a mão para me sujar outra vez. E depois começamos a correr
um atrás do outro, sujando-nos cada vez mais, esquecendo a parede.