quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Capitulo 6 (parte III)


Olá!

Deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e deixem os vossos comentários! :D

Beijinhos*

Mónica

 

(catarina)

-Mas para que é que se quer encontrar comigo? Se tenciona propor-me uma associação a qualquer um dos seus negócios ou se pretende que façamos um acordo para que eu dê continuidade aos negócios da família, pode desistir já - proferiu, conotando-se uma vaga de escárnio nas suas palavras.

-Lá estás tu a ser mal-educado novamente! Caramba, será que podes dar-me uma oportunidade que seja? - O Tomás suspirou pesadamente, enquanto equacionava silenciosamente uma resposta.

-Está bem. Mas que fique claro que é a única que lhe vou atribuir, e que a mesma não significa que vou passar a tratá-lo de outra forma. Eu trato-o como você merece.

-Muito bem, às 11.00h, no Cais do Sodré, o que me dizes? Bem, na verdade, é a única hora que tenho disponível para falar contigo, por isso…

-Lá estarei.

-Então estamos combinados! Até amanhã.

-Adeus. – respondeu rapidamente, desligando logo em seguida. Decidi não pronunciar uma palavra acerca do assunto, de modo a não deixar que o Tomás ficasse de mau humor.

Passámos a tarde entretidos com diversas coisas, chegando assim à hora de o Tomás fazer o jantar.

-Pois é, é melhor ir fazer o jantar! – concordou após eu lhe ter relembrado que havia prometido a tal refeição, fornecendo assim uma folga à D. Francisca, que havia aproveitado para se encontrar com uma amiga.

-Eu ajudo-te! – ofereci-me, saltando da cama e acompanhando-o até ao andar inferior. Ajudei-o a cortar os legumes, e enquanto colocávamos tudo na forma e anunciei que esperava um bom resultado daquilo. Depois disso fomos lavar a loiça que havíamos  sujado na preparação do jantar, e por pouca sorte mim, ou infeliz ideia do Tomás, acabei por me molhar.
 
Ele começou a rir-se que nem um perdido, o que me levou a rir também, apesar de ter a t-shirt completamente encharcada. Entretanto o jantar ficou pronto, e enquanto eu fui trocar de camisola ele colocou a mesa. A D. Francisca chegou quando eu comecei a descer as escadas.

-Olá meninos! – cumprimentou-nos.

-Olá mãe!

-Olá.

-Então, ficaram bem cá, os dois sozinhos? – perguntou sorrindo, enquanto pousava a sua mala e o seu casaco no sofá.

-Nós os dois ficámos… - respondeu o Tomás, reticentemente, algo que não passou despercebido à sua mãe, no entanto não insistiu no assunto.

-Então e esse jantar? – perguntou.

-Podem ir sentar-se que eu vou busca-lo – respondeu o Tomás. Poucos segundos depois surgiu com o jantar, que pousou na mesa, servindo-nos a todos antes de se sentar. – Mãe, o pai ligou-me – disse ele, segurando os talheres.

-Ligou? – perguntou a D. Francisca, derramando toda a sua surpresa na voz.

-Ligou. Eu vou encontrar-me com ele, amanhã de manhã. Mas descansa, ele não me vai dar a volta. Sabes que não consegue.

-Eu sei, Tomás, eu confio em ti e conheço-te acima de tudo e todos – tranquilizou-o com um delicado sorriso.

O ambiente rapidamente passou de pesado a muito descontraído, e no final da refeição as gargalhadas imperavam à mesa. Depois de jantar eu e o Tomás levantámos a mesa e lavámos a loiça e depois juntámo-nos à D. Francisca no sofá da sala. Eram cerca das 23.00h quando para o quarto. Depois de lavarmos os dentes e vestirmos os pijamas deitámo-nos.

-Vais mesmo ter com o teu pai, amanhã? – perguntei, abraçando-o e encostando-me ao seu peito.

-Vou. Eu disse que ia e vou, eu cumpro a minha palavra, não sou como aquele homem – respondeu, fazendo festas no meu cabelo.

-Um homem de palavra, é assim que eu gosto! – ri. Ele deu uma pequena gargalhada também.

-Então agora ouve com atenção – elevei-me um pouco de modo a olhá-lo. – Eu vou fazer-te a rapariga mais feliz do mundo. Vou fazer tudo por tudo para isso! Juro! – sorriu. Abri-me num imenso sorriso.

-Então ouve tu uma coisa: tu já me fazes muito feliz! – respondi, colando levemente os meus lábios aos dele.

-Bom, vamos dormir que amanhã ainda quero ter tempo de manhãzinha para te chatear um bocadinho!

-Ah, pois, chatear-me…

-Sim, chatear-te. Do tipo, acordar-te com montes de beijinhos. E ver o teu sorriso logo depois de te acordar…

-Hm, então sendo assim acho que te deixo chatear-me… - sorri.

-Mesmo se tu dissesses que não deixavas eu chateava-te na mesma! – respondeu, roubando-me um beijo rápido.

-Vá, vamos dormir!

Aconcheguei-me novamente ao seu peito, sentindo em seguida os seus braços a envolver-me.


(Tomás)

Acordei cedo. Não conseguia dormir mais. Levantei-me, deixando a Catarina ainda a dormir, e fui à casa-de-banho. Não queria, mas mesmo assim uns nervos miudinhos apareceram dentro de mim. Deixava-me nervoso o facto de ir ver o meu pai, pessoalmente, depois de uns cinco anos sem tal se suceder, e este súbito interesse dele em querer encontrar-se comigo arrancava desconfiança para os meus pensamentos. Por mais que pensasse não conseguia encontrar uma resposta que se adequasse a tal comportamento por parte dele. Voltei ao quarto, e a única coisa que se havia alterado era simplesmente a posição da Catarina na cama. Sentei-me na cama e fiquei a olhá-la. A beleza natural do seu sono profundo conseguia acalmar-me, mas também conseguia soltar um fascínio no meu íntimo. Aquela rapariga era, definitiva e incontestavelmente a dona do meu coração. Ao observar os seus traços a arte gritou-me através dos mesmos. Não consegui resistir. Fui buscar o meu bloco e rapidamente comecei a delinear suavemente com o carvão sobre o papel os traços latejantes de beleza pura e genuína do seu rosto. Estava já quase a terminar quando ela abriu os olhos.

-O que é que estás a fazer? – perguntou-me, ainda com uma voz ensonada.

-Espera aí que já te mostro. Não te mexas, por favor. – Ela acedeu ao meu pedido e poucos segundos depois terminei todos os traços. – Já podes, anda cá ver.

Ela levantou-se e segurou o bloco que lhe passei para as mãos.

-Está lindo – sorriu.

-Porque és tu – retorqui com um sorriso também.

-Oh. Não te cansas de me desenhar?

-Nem um bocadinho. – Ela respondeu-me com um sorriso sincero e um pequeno beijo. – Bem, eu tenho de me ir despachar. Mas tu podes ficar a dormir mais um bocadinho.

-Daqui a nada também vou levantar-me.

-Está bem. Bem, eu vou-me vestir para a casa-de-banho – disse, pegando na minha roupa.

-Tomás – chamou-me. Virei-me para ela, já junto da porta do quarto.

-Sim? – Ela olhou-me uns segundos.

-Nada. Esquece – acabou por pronunciar, no entanto notei-lhe no rosto a diferença entre as suas palavras e a expressão que se fazia denotar no seu semblante.

-Está bem… - proferi, dirigindo-me então à casa-de-banho. Quando regressei ao quarto ela também já se encontrava vestida.

-Tomás, ainda tens tempo de me levar ao Fórum? Queria ir lá ver umas coisas, e saiu ontem um filme que eu queria ir ver.

-Claro que tenho. Mas em relação ao filme, achas que consegues aguentar e esperar por mim para ir vê-lo contigo? Eu não vou demorar. E assim almoçávamos por lá e íamos os dois ver o filme, o que é que dizes?

-Que sim! – sorriu, agarrando em seguida a sua mala e um leve casaco, que colocou entre as alças da mala que transportava no ombro. Eu agarrei nas minhas chaves, no telemóvel e nos dois capacetes e descemos ao encontro da minha mãe, que permanecia concentrada na procura de alguma coisa, na sala.

-Mãe, eu vou indo, e levo a Catarina, ela precisa de ir ao Fórum fazer umas coisas. Nós depois almoçamos por lá e vamos ver um filme, por isso só devemos chegar por volta das cinco e meia, seis da tarde, está bem?

-Sim, não se preocupem, eu também ando um bocadinho ocupada, por isso nem vou sentir tanto a vossa ausência. Vão lá e divirtam-se! – respondeu, ignorando mais que eu o facto de que dentro de poucos minutos travaria um encontro com o homem que por pura ligação sanguínea se declarava meu pai perante a lei do Estado, e a própria lei da Natureza. Fui até junto da minha mãe, cuja mulher eu me orgulhava ferozmente de poder e ter de levar a vida como minha mãe, aquele ser esplendoroso, guerrilheiro e doce, que eu amava interminavelmente, e dei-lhe um delicado beijo na testa.

-Até logo, mãe. E não te preocupes que vai correr tudo bem.

-Eu sei filho, eu sei – retorquiu-me, confiante. Depois de também a Catarina ter trocado dois saudosos e agradáveis beijos no rosto com a minha mãe, saímos de casa, subindo para a minha mota, veículo onde já nos deslocávamos minutos depois.

 

Como correrá este encontro? Será o pai do Tomás capaz de ser sincero e bem-intencionado desta vez para com o seu filho?

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Resultados da Sondagem

Bem, a sondagem que estava a decorrer já terminou e agradeço a todos os que votaram! A resposta já quase se adivinhava desde o inicio da sondagem, e por isso, aterei o fundo. A Fii, do blog ''my cute world'' ajudou-me - obrigada princesa! :D - e por isso aqui está o novo fundo. Espero que gostem, e já sabem, se tiverem alguma coisa a dizer, deixem o vosso comentário neste post! :)

Beijinhos*
Mónica

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Capitulo 6 (parte II)

Olá!
Fica aqui mais um capitulo, pequenino, mas vou ver se consigo escrever o próximo maior!
Espero que gostem e deixem as vossas opiniões! :D

Beijinhos*
Mónica


(Catarina)

Quando a mãe do Tomás surgiu no atelier, sobrepondo a sua presença ao beijo que dávamos, não me senti envergonhada nem atrapalhada, contrariamente a interrupções anteriores de momentos semelhantes a este. Não sei, acho que já começava a sentir-me como que em família. A D. Francisca sempre se mostrou acolhedora e muito simpática comigo, deixando-me sempre à vontade, e por isso mesmo, talvez, já não sentisse tal embaraço. Durante o almoço o Tomás informou que faria o tão aguardado e prometido empadão de vegetais para o jantar, deixando-me realmente curiosa para que a hora de jantar chegasse. Após terminarmos a refeição fui até à casa-de-banho, e quando regressei a junto deles, ambos sorriam de uma forma grandiosa.

-Meninos, vão-se lá embora que eu acabo de arrumar a cozinha! – disse-nos a D. Francisca.

-Oh mãe, outra vez? Nunca nos deixas ajudar-te! – reclamou o Tomás.

-Não és tu que fazes o jantar hoje? Então aí vais ter a tua oportunidade de sujar e limpar tudo!

-Está bem, pronto, não vai adiantar de nada eu tentar outra vez! – resignou-se ele.

-Vá, subam lá, vão passear, vão namorar, vão fazer o que quiserem! – sorriu-nos. O Tomás pegou na minha mão e encaminhou-nos de regresso ao andar superior, levando-nos ao seu quarto. Sentei-me na sua cama enquanto ele se sentou na cadeira em frente da secretária, entretendo-se no computador ao mesmo tempo que conversávamos.

-Eish, esquecemo-nos! – exclamou com uma pequena expressão de desagrado na face.

-Esquecemo-nos do quê? – perguntei, não compreendendo do que se tratava.

-Do vídeo. Não chegaste a cantar outra vez para gravar-mos e pormos no Facebook!

-Ah, isso! Eu tinha dito que não.

-Porquê? Estás com medo que depois não te larguem por teres uma voz linda como a tua? – sorriu.


-Não, não é, simplesmente não quero pôr nenhum vídeo desses na internet.

-Porquê? Com essa voz devias! Toda a gente ia gostar!

-Oh, pois, mas eu não quero.

-Está bem, pronto… - resignou-se, ou pelo menos assim o pareceu.

-E o que é que tu estás aí a fazer? – perguntei, levantando-me da cama e indo até junto dele.

-A ver as fotografias que tiramos hoje!

-Deixa-me ver também!

-Então vou pôr do principio.

Deixei-me ficar de pé, ao seu lado, enquanto víamos as fotografias que estavam realmente bonitas.

-Estão lindas! – sorri.

-Ah, afinal gostaste!

-Oh, gostei, sim.

De repente o telemóvel dele começou a tocar, em cima da secretária. Olhei para o mesmo e reparei em algo que me era desconhecido. Uma fotografia. Do pequeno momento que a mãe dele interrompera no atelier. Estava linda, não vou negar, mas ele tinha-a tirado sem que eu soubesse, mesmo depois de eu lhe ter dito que não queria tirar mais fotografias. Ambos olhávamos para o ecrã do telemóvel, onde o sinal de ‘’a chamar’’ se sobrepunha levemente à tal fotografia, e olhámos depois um para o outro, ao mesmo tempo, no entanto com olhares distintos. Eu olhei-o de forma algo censuradora enquanto ele me levou um olhar divertido, conjugado com o seu sorriso no mesmo tom.
 

                                                    

-Estou Tiago! – atendeu ainda com o sorriso a ressoar-lhe na voz. Após escassos minutos de conversa a chamada deu-se por terminada.

-Tomás – chamei firmemente, fazendo-o levar o olhar novamente até ao meu.

-Sim? – vociferou, arqueando os seus lábios num pequeno mas triunfante sorriso.

-Porque é que tiraste essa fotografia?

-Está linda, não está? – sorriu, não me oferecendo qualquer resposta.

-Ouviste o que eu disse?

-Ouvi, mas está linda, não está?

-Oh Tomás, eu fiz-te uma pergunta!

-Sim, e eu também!

-Estás a gozar comigo, oh? – reclamei, no entanto mostrei um pequeno sorriso. Joguei as mão na sua direção, no entanto ele antecedeu os meus movimentos, juntando as suas mãos às minhas, ao entrelaçar os nossos dedos.
-Diz lá! – riu, enquanto sustentava as minhas investidas de diminuir a distância entre a união das nossas mãos e o seu peito, que eu pretendia atingir de algum modo, causando-lhe uma ligeira dor, pois detestava que ele fizesse pirraça comigo daquela maneira.

-Para de gozar comigo, Tomás! – resmunguei, porém o sorriso que me assombrava o rosto não se escondia mais.

-Mas a sério, diz lá, não está linda? – riu.

-Para! – protestei, no entanto o protesto já não detinha a sua suplica inicial, pois agora eu já me perdia em risos. Com um simples e rápido gesto com os braços fez-me rodopiar e só parar sentada no seu colo.
-Vais-me dizer que não está bonita? – insistiu com um sorriso a percorrer-lhe os lábios.

-Está bem, pronto, sim, está bonita, mas tinhas dito que não tiravas mais fotografias!

-Oh, para lá de ser resmungona, que eu sei que tu até gostas destas coisas! – voltou a sorrir. Sorri-lhe da mesma forma. Ele colocou um dos seus polegares junto da minha face, acariciando-a, para de seguida fazer o meu rosto descer levemente para fazer reencontrar os nossos lábios. Senti os meus lábios, levemente secos, tomarem a humidade recorrente dos seus, leves mas audaciosos lábios. Matou-lhes a sede que haviam tido e afogou-os ainda num oceano extraordinário e cheio de sonhos ainda não proferidos, que constavam em cada milímetro da pele dos seus lábios. A insanidade ameaçava visitar-nos, pois os nossos lábios já não trocavam algo acolhedor, mas sim algo bem perto da selvajaria de um beijo descontrolado.
 O entanto, tamanha ferocidade foi interrompida pelo soar de uma nova chamada que se dirigia ao número do Tomás.

-Fogo… - reclamou o detentor do número, observando quem o tentava contactar. A sua postura alterara-se. Apesar de me envolver ainda com um dos seus braços enquanto o outro detinha o telemóvel que tocava insistentemente, o seu rosto, juntamente com o seu ânimo, tomaram modos pesados. – Estou.

Pela proximidade do meu corpo do seu foi-me percetível a voz do outro lado da linha.

-Olá Tomás! – vociferou uma voz algo carismática mas recheada de um falso entusiasmo vagamente percetível aos meus ouvidos.

-Olá – respondeu-lhe o Tomás, de mau grado.

-Ainda não percebi porque é que continuas a falar-me nesse tom, e muito menos a razão pela qual não me tratas por pai! – ressuou novamente uma cantada desafinada acentuada pela real falta de preocupação e a falsidade.

-Pelo simples facto de você não me tratar como seu filho! – respondeu-lhe o Tomás, encarando sempre o mesmo tom de desagrado e insatisfação por ter até iniciado aquela conversa com tal sujeito.

-Tomás, não sejas rude! Sabes que gosto muito de ti, ou os presentes que te dou não te ajudam a perceber isso?

Oh meu Deus, como aquele tom, aquela voz me irritavam tão prematuramente! Tons fingidos, assim como emoções, ajustando-se assim também a falsas acusações projetadas de forma indireta e irregular!

-Não, o que esses presentes que me dá me fazem perceber é o seu egoísmo, despreocupação e futilidade. Para si eu sou como um estranho, ou algum desses seus amigos empresários a quem você dirige a palavra por interesse.

-Bom, eu não te liguei para ouvir acusações, até porque tenho coisas a fazer, por isso vou direto ao assunto que me levou a ligar-te.

-É claro que tem coisas a fazer… - sussurrou o Tomás.

-Sabes que o meu trabalho não me dá descanso.

-Claro, sim… - ironizou, seguindo-se um sussurro ainda mais leve que o anterior, impedindo o outro interlocutor de ouvi-lo. – Só tinha tempo de sobra quando ainda estava com a mãe, para ir ter com a sua secretária…

-Bem, desta vez não vou dar-te nenhum presente, pelo menos dos que estás habituada a receber. Eu quero encontrar-me contigo, amanhã de manhã.

-Ai quer? – indignou-se o Tomás, enrugando a testa fazendo evidenciar essa mesma indignação.

-Quero.

 

Qual será a resposta do Tomás? E qual será o interesse do seu pai neste encontro? Estar apenas com o seu filho, ou terá outros interesses?

sábado, 5 de janeiro de 2013

Nova Sondagem!

Olá! :)
Bem, fiz uma nova sondagem, acerca do novo ''visual'' do blog, por isso, espero as vossas respostas!
Beijinhos*
Mónica

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Capitulo 6 (parte I)


Oláa!
Bem, como já disse na última postagem, peço imensas desculpas por não postar há tanto tempo! Mas aqui está um novo capitulo! Não é dos melhores, mas como já mencionei, a inspiração resolveu aparecer há pouco tempo, e por isso não veio grande coisa :s Mas espero que gostem e deixem os vossos comentários, que são muito muito importantes para mim!

Beijinhos*
Mónica

 (tomás)

Não acordei muito tarde, mas a Catarina ainda dormia. Fiquei a olhá-la e reparei no fio de prata com a aliança, que estava em cima da mesa-de-cabeçeira, que estava do lado da cama onde ela estava. Passei o braço por cima do seu corpo, alcansando o fio. Ia usá-lo. Depois da explicação que a Catarina tinha dado, estava disposto a usá-lo. Era algo importante que ela queria que eu guardasse. Algo importante como eu era para ela, e ela para mim. Coloquei-o e fiquei a observar a aliança, na minha mão. Entretanto ela acordou.
-Bom dia - sorriu.
-Bom dia - respondi, sem deixar de contemplar a aliança.
-Vais usá-lo?
-Vou. Todos os dias - sorri, desta vez olhando para ela.
-Oh, tão lindo! - sorriu. Eu ri e dei-lhe um pequeno beijo.
Depois de nos levantarmos e vestirmos descemos até à cozinha, onde a minha mãe já nos esperava com um bom pequeno-almoço.
-Bom dia, mãe! - cumprimentei-a, dando-lhe um beijo na cara.
-Bom dia meninos! Então, chegaram muito tarde, ontem?
-Nem por isso - respondi.
-E divertiram-se?
-Muito - desta vez foi a Catarina a tomar a palavra, com um grande sorriso. Sorri também. Ela tinha gostado da noite.
-Estou a ver que se divertiram mesmo. Com esses sorrisos que têm na cara! - sorriu a minha mãe.
-Bem, mas agora eu estou é com fome, por isso, com licença! - disse eu, começando a servir-me.
Após o pequeno-almoço, eu e a Catarina fomos até ao atelier. Estive a mostrar-lhe mais algumas coisa que já tinha começado ou acabado. Ela ficou tão entretida a vê-las que quando olhei para ela tive a sensação de já estar em outro mundo... Decidi que teria de registar este pequeno momento, por isso fui buscar a minha máquina fotográfica e tirei-lhe uma fotografia. Pouco depois ela veio ter comigo.
-Tomás, posso pedir-te uma coisa?
-Claro!
-Deixas-me tocar na tua guitarra?
Fiquei surpreendido. Não sabia que ela tocava.
-Mas tu tocas?
-Toco.
-Agora fiquei curioso! Vai lá buscá-la!
-Obrigada! - sorriu.
-Na, nã! Isso paga-se! - brinquei, chamando- de novo até junto de mim. Ela veio e eu abracei-a pela cintura, dando-lhe depois um beijo. Depois soltei-a e ela foi buscar a guitarra, sentando-se em seguida no chão. Eu permaneci em pé, a alguns passos de distância dela, onde já permanecia desde que tirara a fotografia.
-Então e o que é que vais tocar? - perguntei.
-Hm... Discover for yourshelf! - sorriu- Eu ri.

Ela começou a dar os primeiros acordes e por aí descobri imediatamente qual era a música. Mas quando ela começou a cantar, aí arrepiei-me. Tinha uma namorada com uma voz fantástica e não sabia.

"Frio
O mar
Por entre o corpo
Fraco de lutar
Quente,
O chão
Onde te estendo
E te levo a razão.
Longa a noite
E só o sol
Quebra o silêncio,
Madrugada de cristal.
Leve, lento, nu, fiel
E este vento
Que te navega na pele.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.


Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
se eu fosse um dia o respirar
E tu o perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
se eu fosse um dia o respirar
E tu o perfume de ninguém.


Sangue,
Ardente,
Fermenta e torna aos
Dedos de papel.
Luz,
Dormente,
Suavemente pinta o teu rosto a
pincel.
Largo a espera,
E sigo o sul,
Perco a quimera
Meu anjo azul.
Fica, forte, sê amada,
Quero que saibas
Que ainda não te disse nada.
Pede-me a paz
Dou-te o mundo
Louco, livre assim sou eu
(Um pouco mais...)
Solta-te a voz lá do fundo,
Grita, mostra-me a cor do céu.


Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
se eu fosse um dia o respirar
E tu o perfume de ninguém.
Se eu fosse um dia o teu olhar,
E tu as minhas mãos também,
se eu fosse um dia o respirar
E tu o perfume de ninguém."


http://www.youtube.com/watch?v=WAyk-NnFFcw )

-Então, o que é que achaste? - perguntou ansiosa.

-Precisas mesmo que diga alguma coisa?

-Preciso! – sorriu ansiosamente.

-Foi tipo… - torci o nariz, propositadamente – fantástico! – sorri. --Tens uma voz linda!

Ela desfez-se num enorme sorriso.

-Achas?

-Queres repetir para eu gravar e depois veres os ‘’likes’’ a aumentar no Facebook?

Ela deu uma gargalhada.

-Não! – respondeu.

-Mas então deixa-me tirar-te uma fotografia! – pedi.

-Para quê?

-Para recordar este momento!

-Oh, oh Tomás…

-Vá lá! Por favor!

-Não! – embirrou, mantendo um sorriso envergonhado, olhando para as cordas da guitarra. Eu aproveitei esse momento e carreguei no botão, tirando a fotografia.

-Ficou linda, obrigado! – sorri.

-Oh.

Consegui tirar mais algumas fotografias, com ela a reclamar, apesar do sorriso no rosto.

-Só mais uma! – pedi.

-Já chega! – sorriu.

-Vá lá, por favor, esta é a última, prometo!

-Prometes?

-Prometo!

-Está bem, pronto! Mas é a última!

-A última – proferi. Pus a máquina com o temporizador, coloquei-a num bom sítio e depois juntei-me à Catarina, para a fotografia. – Vês, não custou nada, sua resmungona!

-Resmungona?! – tentou parecer ofendida.

-Agora foste! Eram só umas fotografiazinhas!

-Hm-hm

-Oh, vá lá. Eu gosto muito de ti na mesma, está bem?

-Está bem…

Acabei por alcançar os seus lábios e prolongar um encostar dos mesmos num beijo simples mas demorado. Aproveitei a ocasião e tirei-nos uma fotografia, discretamente, com o meu telemóvel. Desta vez ela não se apercebeu.
A minha mãe bateu à porta. Esta já se encontrava aberta, mas ela bateu por respeito e para anunciar a sua presença de uma forma subtil.

-Meninos, desculpem estar a interrompê-los, mas o almoço já está na mesa.

-Não faz mal, mãe. Nós descemos já – respondi.

Ela retirou-se e depois de eu e a Catarina termos deixado a guitarra e a máquina fotográfica no meu quarto, descemos para almoçar.

-Então, está bom? – perguntou a minha mãe à Catarina, referindo-se à comida, ao que a Catarina respondeu afirmativamente.

-Mãe, hoje quem faz o jantar sou eu! – disse, lembrando-me de uma oferta que eu e a minha mãe outrora fizéramos à Catarina.

-Vais mostrar os teus dotes à namorada, é? – sorriu a minha mãe.

-É. Vou fazer o meu empadão de vegetais, para veres que é mesmo bom! – sorri à Catarina.

-Acredito que sim! Com tantos elogios que já te fizeram, só pode! – riu.

-Vais ver minha querida, o Tomás cozinha muito bem! – incentivou a minha mãe.

-Bem, com licença, mas eu preciso de ir à casa-de-banho – disse a Catarina.

-Está à vontade! – respondeu a minha mãe. A Catarina foi à casa-de-banho, e eu como já tínhamos terminado a refeição levantei-me da mesa e comecei a tirar os pratos da mesa. – Eu vi a última fotografia que tiraste… - comentou a minha mãe, tirando a voz ao silêncio presente.

-Ah…

-Estava bonita. Vocês ficam muito bem os dois. E gostam muito um do outro, eu consigo ver.

-Obrigado, mãe. E sim, gostamos mesmo um do outro. Tu sabes que eu não sou muito de namorar, a minha paixão sempre foi o desenho, tu sabes, mas, desde que a Catarina apareceu na minha vida que… Sabes que se eu não estivesse mesmo apaixonado não te pedia para ela passar este fim-de-semana cá em casa, não sabes?

-Eu sei filho, não te preocupes – sorriu e eu sorri-lhe em forma de agradecimento e continuei a levantar a mesa. – Que fio é esse? – perguntou, olhando para o fio que eu tinha ao pescoço, que tinha saído para fora da t-shirt que eu vestia. Eu levei a mão ao mesmo e segurei a aliança que nele pendia.

-Foi a Catarina que me deu, ontem à noite – respondi com um sorriso leve, sentando-me em frente da minha mãe. – Sabes o valor que isto tem para a ela? E não é um valor material, é um valor sentimental. É enorme, mãe. Isto foi uma recordação que a mãe dela lhe deixou. A mãe dela já faleceu. – Baixei um pouco o olhar, mas rapidamente voltei a erguê-lo para encarar novamente a minha mãe. – Eu não queria aceitar, mas ela quase que me obrigou! Ela disse que por ser tão importante para ela é que queria que eu ficasse com ele, porque eu também sou muito importante para ela… - contei, com um sorriso leve mas sentido.

-Sabes o que é que isso quer dizer? – não me deixou responder. – Que ela gosta de ti como tu gostas dela, e que em muito pouco tempo se tornaram ambos muito importantes um para o outro – sorriu-me, orgulhosa por proferir tais palavras. Eu sorri abertamente. Era exatamente o que eu sentia, e podia contar com o apoio e compreensão da minha mãe.

Novidades!





Olá queridos/as leitores/as!
Queria, primeiro que tudo, pedir-vos desculpa, pois já há muitoo tempo que não publico! Mas é que a inspiração estava dificil de chegar e depois fiquei doente e não escrevi nada! Desculpem!
Mas bom, a novidade é que a inspiração resolveu voltar a dar-me conversa e já escrevi mais, por isso, em breve, terão um novo capitulo!
Mais uma vez queria pedir-vos imensas desculpas, e agradecer por não desistirem desta minha fic e de me deixarem comentários incentivadores! Muito obrigada! :D

Beijinhos*
Mónica