Fica aqui mais um capitulo, pequenino, mas vou ver se consigo escrever o próximo maior!
Espero que gostem e deixem as vossas opiniões! :D
Beijinhos*
Mónica
(Catarina)
Quando a mãe
do Tomás surgiu no atelier,
sobrepondo a sua presença ao beijo que dávamos, não me senti envergonhada nem
atrapalhada, contrariamente a interrupções anteriores de momentos semelhantes a
este. Não sei, acho que já começava a sentir-me como que em família. A D.
Francisca sempre se mostrou acolhedora e muito simpática comigo, deixando-me
sempre à vontade, e por isso mesmo, talvez, já não sentisse tal embaraço.
Durante o almoço o Tomás informou que faria o tão aguardado e prometido empadão
de vegetais para o jantar, deixando-me realmente curiosa para que a hora de
jantar chegasse. Após terminarmos a refeição fui até à casa-de-banho, e quando
regressei a junto deles, ambos sorriam de uma forma grandiosa.
-Meninos,
vão-se lá embora que eu acabo de arrumar a cozinha! – disse-nos a D. Francisca.
-Oh mãe,
outra vez? Nunca nos deixas ajudar-te! – reclamou o Tomás.
-Não és tu
que fazes o jantar hoje? Então aí vais ter a tua oportunidade de sujar e limpar
tudo!
-Está bem,
pronto, não vai adiantar de nada eu tentar outra vez! – resignou-se ele.
-Vá, subam
lá, vão passear, vão namorar, vão fazer o que quiserem! – sorriu-nos. O Tomás
pegou na minha mão e encaminhou-nos de regresso ao andar superior, levando-nos
ao seu quarto. Sentei-me na sua cama enquanto ele se sentou na cadeira em
frente da secretária, entretendo-se no computador ao mesmo tempo que
conversávamos.
-Eish, esquecemo-nos!
– exclamou com uma pequena expressão de desagrado na face.
-Esquecemo-nos
do quê? – perguntei, não compreendendo do que se tratava.
-Do vídeo.
Não chegaste a cantar outra vez para gravar-mos e pormos no Facebook!
-Ah, isso!
Eu tinha dito que não.
-Não, não é,
simplesmente não quero pôr nenhum vídeo desses na internet.
-Porquê? Com
essa voz devias! Toda a gente ia gostar!
-Oh, pois,
mas eu não quero.
-Está bem,
pronto… - resignou-se, ou pelo menos assim o pareceu.
-E o que é
que tu estás aí a fazer? – perguntei, levantando-me da cama e indo até junto
dele.
-A ver as
fotografias que tiramos hoje!
-Deixa-me
ver também!
-Então vou
pôr do principio.
Deixei-me
ficar de pé, ao seu lado, enquanto víamos as fotografias que estavam realmente
bonitas.
-Estão
lindas! – sorri.
-Ah, afinal
gostaste!
-Oh, gostei,
sim.
De repente o
telemóvel dele começou a tocar, em cima da secretária. Olhei para o mesmo e
reparei em algo que me era desconhecido. Uma fotografia. Do pequeno momento que
a mãe dele interrompera no atelier.
Estava linda, não vou negar, mas ele tinha-a tirado sem que eu soubesse, mesmo
depois de eu lhe ter dito que não queria tirar mais fotografias. Ambos
olhávamos para o ecrã do telemóvel, onde o sinal de ‘’a chamar’’ se sobrepunha levemente à tal fotografia, e olhámos
depois um para o outro, ao mesmo tempo, no entanto com olhares distintos. Eu
olhei-o de forma algo censuradora enquanto ele me levou um olhar divertido,
conjugado com o seu sorriso no mesmo tom.
-Estou
Tiago! – atendeu ainda com o sorriso a ressoar-lhe na voz. Após escassos
minutos de conversa a chamada deu-se por terminada.
-Tomás –
chamei firmemente, fazendo-o levar o olhar novamente até ao meu.
-Sim? –
vociferou, arqueando os seus lábios num pequeno mas triunfante sorriso.
-Porque é
que tiraste essa fotografia?
-Está linda,
não está? – sorriu, não me oferecendo qualquer resposta.
-Ouviste o
que eu disse?
-Ouvi, mas
está linda, não está?
-Oh Tomás,
eu fiz-te uma pergunta!
-Sim, e eu
também!
-Estás a
gozar comigo, oh? – reclamei, no entanto mostrei um pequeno sorriso. Joguei as
mão na sua direção, no entanto ele antecedeu os meus movimentos, juntando as
suas mãos às minhas, ao entrelaçar os nossos dedos.
-Diz lá! –
riu, enquanto sustentava as minhas investidas de diminuir a distância entre a
união das nossas mãos e o seu peito, que eu pretendia atingir de algum modo,
causando-lhe uma ligeira dor, pois detestava que ele fizesse pirraça comigo
daquela maneira.
-Para de
gozar comigo, Tomás! – resmunguei, porém o sorriso que me assombrava o rosto
não se escondia mais.
-Mas a
sério, diz lá, não está linda? – riu.
-Para! –
protestei, no entanto o protesto já não detinha a sua suplica inicial, pois agora
eu já me perdia em risos. Com um simples e rápido gesto com os braços fez-me
rodopiar e só parar sentada no seu colo.
-Vais-me
dizer que não está bonita? – insistiu com um sorriso a percorrer-lhe os lábios.
-Está bem,
pronto, sim, está bonita, mas tinhas dito que não tiravas mais fotografias!
-Oh, para lá
de ser resmungona, que eu sei que tu até gostas destas coisas! – voltou a
sorrir. Sorri-lhe da mesma forma. Ele colocou um dos seus polegares junto da
minha face, acariciando-a, para de seguida fazer o meu rosto descer levemente
para fazer reencontrar os nossos lábios. Senti os meus lábios, levemente secos,
tomarem a humidade recorrente dos seus, leves mas audaciosos lábios. Matou-lhes
a sede que haviam tido e afogou-os ainda num oceano extraordinário e cheio de
sonhos ainda não proferidos, que constavam em cada milímetro da pele dos seus
lábios. A insanidade ameaçava visitar-nos, pois os nossos lábios já não
trocavam algo acolhedor, mas sim algo bem perto da selvajaria de um beijo
descontrolado.
O entanto, tamanha ferocidade foi interrompida pelo soar de uma nova chamada que se dirigia ao número do Tomás.
O entanto, tamanha ferocidade foi interrompida pelo soar de uma nova chamada que se dirigia ao número do Tomás.
-Fogo… -
reclamou o detentor do número, observando quem o tentava contactar. A sua
postura alterara-se. Apesar de me envolver ainda com um dos seus braços
enquanto o outro detinha o telemóvel que tocava insistentemente, o seu rosto,
juntamente com o seu ânimo, tomaram modos pesados. – Estou.
Pela
proximidade do meu corpo do seu foi-me percetível a voz do outro lado da linha.
-Olá Tomás!
– vociferou uma voz algo carismática mas recheada de um falso entusiasmo
vagamente percetível aos meus ouvidos.
-Olá –
respondeu-lhe o Tomás, de mau grado.
-Ainda não
percebi porque é que continuas a falar-me nesse tom, e muito menos a razão pela
qual não me tratas por pai! – ressuou novamente uma cantada desafinada
acentuada pela real falta de preocupação e a falsidade.
-Pelo
simples facto de você não me tratar como seu filho! – respondeu-lhe o Tomás,
encarando sempre o mesmo tom de desagrado e insatisfação por ter até iniciado
aquela conversa com tal sujeito.
-Tomás, não
sejas rude! Sabes que gosto muito de ti, ou os presentes que te dou não te
ajudam a perceber isso?
Oh meu Deus,
como aquele tom, aquela voz me irritavam tão prematuramente! Tons fingidos,
assim como emoções, ajustando-se assim também a falsas acusações projetadas de
forma indireta e irregular!
-Não, o que
esses presentes que me dá me fazem
perceber é o seu egoísmo, despreocupação e futilidade. Para si eu sou como um
estranho, ou algum desses seus amigos empresários a quem você dirige a palavra
por interesse.
-Bom, eu não
te liguei para ouvir acusações, até porque tenho coisas a fazer, por isso vou
direto ao assunto que me levou a ligar-te.
-É claro que
tem coisas a fazer… - sussurrou o Tomás.
-Sabes que o
meu trabalho não me dá descanso.
-Claro, sim…
- ironizou, seguindo-se um sussurro ainda mais leve que o anterior, impedindo o
outro interlocutor de ouvi-lo. – Só tinha tempo de sobra quando ainda estava
com a mãe, para ir ter com a sua secretária…
-Bem, desta
vez não vou dar-te nenhum presente, pelo menos dos que estás habituada a
receber. Eu quero encontrar-me contigo, amanhã de manhã.
-Ai quer? –
indignou-se o Tomás, enrugando a testa fazendo evidenciar essa mesma indignação.
-Quero.
Qual será a resposta do
Tomás? E qual será o interesse do seu pai neste encontro? Estar apenas com o
seu filho, ou terá outros interesses?
Adorei, como sempre *-* Esta história está cada vez melhor, continuaa*
ResponderEliminarBeijinhos.
Ohh, obrigada :D Ainda bem que gostas tanto *-*
EliminarBeijinhos*
Mónica
É o que eu digo, apetece-me bater-te amor :3
ResponderEliminarAii isto está cada vez mais lindo e lindo, a sério princesa.
O Tomás e a Catarina estáo cada vez mais próximos e a mãe dele é uma fofa, e agora vem o pai que não quer saber dele, porra, tadinho, mas pronto a Cate mima-o, ahah.
Amo vcê ♥
Ps. Como deves calcular estou ansiosa pelo próximo, beijinhos.
Ahaha, desculpa causar esse efeito em ti xD
EliminarObrigada princesa *-*
O objectivo é mesmo eles ficarem cada vez mais próximos, e sim, a mãe dele é mesmo uma querida :D E o pai dele é o que se vai ver...
Tii amo mais ♥
Beijinhos ♥