segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Capitulo 6 (parte II)

Olá!
Fica aqui mais um capitulo, pequenino, mas vou ver se consigo escrever o próximo maior!
Espero que gostem e deixem as vossas opiniões! :D

Beijinhos*
Mónica


(Catarina)

Quando a mãe do Tomás surgiu no atelier, sobrepondo a sua presença ao beijo que dávamos, não me senti envergonhada nem atrapalhada, contrariamente a interrupções anteriores de momentos semelhantes a este. Não sei, acho que já começava a sentir-me como que em família. A D. Francisca sempre se mostrou acolhedora e muito simpática comigo, deixando-me sempre à vontade, e por isso mesmo, talvez, já não sentisse tal embaraço. Durante o almoço o Tomás informou que faria o tão aguardado e prometido empadão de vegetais para o jantar, deixando-me realmente curiosa para que a hora de jantar chegasse. Após terminarmos a refeição fui até à casa-de-banho, e quando regressei a junto deles, ambos sorriam de uma forma grandiosa.

-Meninos, vão-se lá embora que eu acabo de arrumar a cozinha! – disse-nos a D. Francisca.

-Oh mãe, outra vez? Nunca nos deixas ajudar-te! – reclamou o Tomás.

-Não és tu que fazes o jantar hoje? Então aí vais ter a tua oportunidade de sujar e limpar tudo!

-Está bem, pronto, não vai adiantar de nada eu tentar outra vez! – resignou-se ele.

-Vá, subam lá, vão passear, vão namorar, vão fazer o que quiserem! – sorriu-nos. O Tomás pegou na minha mão e encaminhou-nos de regresso ao andar superior, levando-nos ao seu quarto. Sentei-me na sua cama enquanto ele se sentou na cadeira em frente da secretária, entretendo-se no computador ao mesmo tempo que conversávamos.

-Eish, esquecemo-nos! – exclamou com uma pequena expressão de desagrado na face.

-Esquecemo-nos do quê? – perguntei, não compreendendo do que se tratava.

-Do vídeo. Não chegaste a cantar outra vez para gravar-mos e pormos no Facebook!

-Ah, isso! Eu tinha dito que não.

-Porquê? Estás com medo que depois não te larguem por teres uma voz linda como a tua? – sorriu.


-Não, não é, simplesmente não quero pôr nenhum vídeo desses na internet.

-Porquê? Com essa voz devias! Toda a gente ia gostar!

-Oh, pois, mas eu não quero.

-Está bem, pronto… - resignou-se, ou pelo menos assim o pareceu.

-E o que é que tu estás aí a fazer? – perguntei, levantando-me da cama e indo até junto dele.

-A ver as fotografias que tiramos hoje!

-Deixa-me ver também!

-Então vou pôr do principio.

Deixei-me ficar de pé, ao seu lado, enquanto víamos as fotografias que estavam realmente bonitas.

-Estão lindas! – sorri.

-Ah, afinal gostaste!

-Oh, gostei, sim.

De repente o telemóvel dele começou a tocar, em cima da secretária. Olhei para o mesmo e reparei em algo que me era desconhecido. Uma fotografia. Do pequeno momento que a mãe dele interrompera no atelier. Estava linda, não vou negar, mas ele tinha-a tirado sem que eu soubesse, mesmo depois de eu lhe ter dito que não queria tirar mais fotografias. Ambos olhávamos para o ecrã do telemóvel, onde o sinal de ‘’a chamar’’ se sobrepunha levemente à tal fotografia, e olhámos depois um para o outro, ao mesmo tempo, no entanto com olhares distintos. Eu olhei-o de forma algo censuradora enquanto ele me levou um olhar divertido, conjugado com o seu sorriso no mesmo tom.
 

                                                    

-Estou Tiago! – atendeu ainda com o sorriso a ressoar-lhe na voz. Após escassos minutos de conversa a chamada deu-se por terminada.

-Tomás – chamei firmemente, fazendo-o levar o olhar novamente até ao meu.

-Sim? – vociferou, arqueando os seus lábios num pequeno mas triunfante sorriso.

-Porque é que tiraste essa fotografia?

-Está linda, não está? – sorriu, não me oferecendo qualquer resposta.

-Ouviste o que eu disse?

-Ouvi, mas está linda, não está?

-Oh Tomás, eu fiz-te uma pergunta!

-Sim, e eu também!

-Estás a gozar comigo, oh? – reclamei, no entanto mostrei um pequeno sorriso. Joguei as mão na sua direção, no entanto ele antecedeu os meus movimentos, juntando as suas mãos às minhas, ao entrelaçar os nossos dedos.
-Diz lá! – riu, enquanto sustentava as minhas investidas de diminuir a distância entre a união das nossas mãos e o seu peito, que eu pretendia atingir de algum modo, causando-lhe uma ligeira dor, pois detestava que ele fizesse pirraça comigo daquela maneira.

-Para de gozar comigo, Tomás! – resmunguei, porém o sorriso que me assombrava o rosto não se escondia mais.

-Mas a sério, diz lá, não está linda? – riu.

-Para! – protestei, no entanto o protesto já não detinha a sua suplica inicial, pois agora eu já me perdia em risos. Com um simples e rápido gesto com os braços fez-me rodopiar e só parar sentada no seu colo.
-Vais-me dizer que não está bonita? – insistiu com um sorriso a percorrer-lhe os lábios.

-Está bem, pronto, sim, está bonita, mas tinhas dito que não tiravas mais fotografias!

-Oh, para lá de ser resmungona, que eu sei que tu até gostas destas coisas! – voltou a sorrir. Sorri-lhe da mesma forma. Ele colocou um dos seus polegares junto da minha face, acariciando-a, para de seguida fazer o meu rosto descer levemente para fazer reencontrar os nossos lábios. Senti os meus lábios, levemente secos, tomarem a humidade recorrente dos seus, leves mas audaciosos lábios. Matou-lhes a sede que haviam tido e afogou-os ainda num oceano extraordinário e cheio de sonhos ainda não proferidos, que constavam em cada milímetro da pele dos seus lábios. A insanidade ameaçava visitar-nos, pois os nossos lábios já não trocavam algo acolhedor, mas sim algo bem perto da selvajaria de um beijo descontrolado.
 O entanto, tamanha ferocidade foi interrompida pelo soar de uma nova chamada que se dirigia ao número do Tomás.

-Fogo… - reclamou o detentor do número, observando quem o tentava contactar. A sua postura alterara-se. Apesar de me envolver ainda com um dos seus braços enquanto o outro detinha o telemóvel que tocava insistentemente, o seu rosto, juntamente com o seu ânimo, tomaram modos pesados. – Estou.

Pela proximidade do meu corpo do seu foi-me percetível a voz do outro lado da linha.

-Olá Tomás! – vociferou uma voz algo carismática mas recheada de um falso entusiasmo vagamente percetível aos meus ouvidos.

-Olá – respondeu-lhe o Tomás, de mau grado.

-Ainda não percebi porque é que continuas a falar-me nesse tom, e muito menos a razão pela qual não me tratas por pai! – ressuou novamente uma cantada desafinada acentuada pela real falta de preocupação e a falsidade.

-Pelo simples facto de você não me tratar como seu filho! – respondeu-lhe o Tomás, encarando sempre o mesmo tom de desagrado e insatisfação por ter até iniciado aquela conversa com tal sujeito.

-Tomás, não sejas rude! Sabes que gosto muito de ti, ou os presentes que te dou não te ajudam a perceber isso?

Oh meu Deus, como aquele tom, aquela voz me irritavam tão prematuramente! Tons fingidos, assim como emoções, ajustando-se assim também a falsas acusações projetadas de forma indireta e irregular!

-Não, o que esses presentes que me dá me fazem perceber é o seu egoísmo, despreocupação e futilidade. Para si eu sou como um estranho, ou algum desses seus amigos empresários a quem você dirige a palavra por interesse.

-Bom, eu não te liguei para ouvir acusações, até porque tenho coisas a fazer, por isso vou direto ao assunto que me levou a ligar-te.

-É claro que tem coisas a fazer… - sussurrou o Tomás.

-Sabes que o meu trabalho não me dá descanso.

-Claro, sim… - ironizou, seguindo-se um sussurro ainda mais leve que o anterior, impedindo o outro interlocutor de ouvi-lo. – Só tinha tempo de sobra quando ainda estava com a mãe, para ir ter com a sua secretária…

-Bem, desta vez não vou dar-te nenhum presente, pelo menos dos que estás habituada a receber. Eu quero encontrar-me contigo, amanhã de manhã.

-Ai quer? – indignou-se o Tomás, enrugando a testa fazendo evidenciar essa mesma indignação.

-Quero.

 

Qual será a resposta do Tomás? E qual será o interesse do seu pai neste encontro? Estar apenas com o seu filho, ou terá outros interesses?

4 comentários:

  1. Adorei, como sempre *-* Esta história está cada vez melhor, continuaa*
    Beijinhos.

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    1. Ohh, obrigada :D Ainda bem que gostas tanto *-*
      Beijinhos*
      Mónica

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  2. É o que eu digo, apetece-me bater-te amor :3
    Aii isto está cada vez mais lindo e lindo, a sério princesa.
    O Tomás e a Catarina estáo cada vez mais próximos e a mãe dele é uma fofa, e agora vem o pai que não quer saber dele, porra, tadinho, mas pronto a Cate mima-o, ahah.
    Amo vcê ♥

    Ps. Como deves calcular estou ansiosa pelo próximo, beijinhos.

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    1. Ahaha, desculpa causar esse efeito em ti xD
      Obrigada princesa *-*
      O objectivo é mesmo eles ficarem cada vez mais próximos, e sim, a mãe dele é mesmo uma querida :D E o pai dele é o que se vai ver...
      Tii amo mais ♥
      Beijinhos ♥

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