quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Capitulo 6 (parte III)


Olá!

Deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e deixem os vossos comentários! :D

Beijinhos*

Mónica

 

(catarina)

-Mas para que é que se quer encontrar comigo? Se tenciona propor-me uma associação a qualquer um dos seus negócios ou se pretende que façamos um acordo para que eu dê continuidade aos negócios da família, pode desistir já - proferiu, conotando-se uma vaga de escárnio nas suas palavras.

-Lá estás tu a ser mal-educado novamente! Caramba, será que podes dar-me uma oportunidade que seja? - O Tomás suspirou pesadamente, enquanto equacionava silenciosamente uma resposta.

-Está bem. Mas que fique claro que é a única que lhe vou atribuir, e que a mesma não significa que vou passar a tratá-lo de outra forma. Eu trato-o como você merece.

-Muito bem, às 11.00h, no Cais do Sodré, o que me dizes? Bem, na verdade, é a única hora que tenho disponível para falar contigo, por isso…

-Lá estarei.

-Então estamos combinados! Até amanhã.

-Adeus. – respondeu rapidamente, desligando logo em seguida. Decidi não pronunciar uma palavra acerca do assunto, de modo a não deixar que o Tomás ficasse de mau humor.

Passámos a tarde entretidos com diversas coisas, chegando assim à hora de o Tomás fazer o jantar.

-Pois é, é melhor ir fazer o jantar! – concordou após eu lhe ter relembrado que havia prometido a tal refeição, fornecendo assim uma folga à D. Francisca, que havia aproveitado para se encontrar com uma amiga.

-Eu ajudo-te! – ofereci-me, saltando da cama e acompanhando-o até ao andar inferior. Ajudei-o a cortar os legumes, e enquanto colocávamos tudo na forma e anunciei que esperava um bom resultado daquilo. Depois disso fomos lavar a loiça que havíamos  sujado na preparação do jantar, e por pouca sorte mim, ou infeliz ideia do Tomás, acabei por me molhar.
 
Ele começou a rir-se que nem um perdido, o que me levou a rir também, apesar de ter a t-shirt completamente encharcada. Entretanto o jantar ficou pronto, e enquanto eu fui trocar de camisola ele colocou a mesa. A D. Francisca chegou quando eu comecei a descer as escadas.

-Olá meninos! – cumprimentou-nos.

-Olá mãe!

-Olá.

-Então, ficaram bem cá, os dois sozinhos? – perguntou sorrindo, enquanto pousava a sua mala e o seu casaco no sofá.

-Nós os dois ficámos… - respondeu o Tomás, reticentemente, algo que não passou despercebido à sua mãe, no entanto não insistiu no assunto.

-Então e esse jantar? – perguntou.

-Podem ir sentar-se que eu vou busca-lo – respondeu o Tomás. Poucos segundos depois surgiu com o jantar, que pousou na mesa, servindo-nos a todos antes de se sentar. – Mãe, o pai ligou-me – disse ele, segurando os talheres.

-Ligou? – perguntou a D. Francisca, derramando toda a sua surpresa na voz.

-Ligou. Eu vou encontrar-me com ele, amanhã de manhã. Mas descansa, ele não me vai dar a volta. Sabes que não consegue.

-Eu sei, Tomás, eu confio em ti e conheço-te acima de tudo e todos – tranquilizou-o com um delicado sorriso.

O ambiente rapidamente passou de pesado a muito descontraído, e no final da refeição as gargalhadas imperavam à mesa. Depois de jantar eu e o Tomás levantámos a mesa e lavámos a loiça e depois juntámo-nos à D. Francisca no sofá da sala. Eram cerca das 23.00h quando para o quarto. Depois de lavarmos os dentes e vestirmos os pijamas deitámo-nos.

-Vais mesmo ter com o teu pai, amanhã? – perguntei, abraçando-o e encostando-me ao seu peito.

-Vou. Eu disse que ia e vou, eu cumpro a minha palavra, não sou como aquele homem – respondeu, fazendo festas no meu cabelo.

-Um homem de palavra, é assim que eu gosto! – ri. Ele deu uma pequena gargalhada também.

-Então agora ouve com atenção – elevei-me um pouco de modo a olhá-lo. – Eu vou fazer-te a rapariga mais feliz do mundo. Vou fazer tudo por tudo para isso! Juro! – sorriu. Abri-me num imenso sorriso.

-Então ouve tu uma coisa: tu já me fazes muito feliz! – respondi, colando levemente os meus lábios aos dele.

-Bom, vamos dormir que amanhã ainda quero ter tempo de manhãzinha para te chatear um bocadinho!

-Ah, pois, chatear-me…

-Sim, chatear-te. Do tipo, acordar-te com montes de beijinhos. E ver o teu sorriso logo depois de te acordar…

-Hm, então sendo assim acho que te deixo chatear-me… - sorri.

-Mesmo se tu dissesses que não deixavas eu chateava-te na mesma! – respondeu, roubando-me um beijo rápido.

-Vá, vamos dormir!

Aconcheguei-me novamente ao seu peito, sentindo em seguida os seus braços a envolver-me.


(Tomás)

Acordei cedo. Não conseguia dormir mais. Levantei-me, deixando a Catarina ainda a dormir, e fui à casa-de-banho. Não queria, mas mesmo assim uns nervos miudinhos apareceram dentro de mim. Deixava-me nervoso o facto de ir ver o meu pai, pessoalmente, depois de uns cinco anos sem tal se suceder, e este súbito interesse dele em querer encontrar-se comigo arrancava desconfiança para os meus pensamentos. Por mais que pensasse não conseguia encontrar uma resposta que se adequasse a tal comportamento por parte dele. Voltei ao quarto, e a única coisa que se havia alterado era simplesmente a posição da Catarina na cama. Sentei-me na cama e fiquei a olhá-la. A beleza natural do seu sono profundo conseguia acalmar-me, mas também conseguia soltar um fascínio no meu íntimo. Aquela rapariga era, definitiva e incontestavelmente a dona do meu coração. Ao observar os seus traços a arte gritou-me através dos mesmos. Não consegui resistir. Fui buscar o meu bloco e rapidamente comecei a delinear suavemente com o carvão sobre o papel os traços latejantes de beleza pura e genuína do seu rosto. Estava já quase a terminar quando ela abriu os olhos.

-O que é que estás a fazer? – perguntou-me, ainda com uma voz ensonada.

-Espera aí que já te mostro. Não te mexas, por favor. – Ela acedeu ao meu pedido e poucos segundos depois terminei todos os traços. – Já podes, anda cá ver.

Ela levantou-se e segurou o bloco que lhe passei para as mãos.

-Está lindo – sorriu.

-Porque és tu – retorqui com um sorriso também.

-Oh. Não te cansas de me desenhar?

-Nem um bocadinho. – Ela respondeu-me com um sorriso sincero e um pequeno beijo. – Bem, eu tenho de me ir despachar. Mas tu podes ficar a dormir mais um bocadinho.

-Daqui a nada também vou levantar-me.

-Está bem. Bem, eu vou-me vestir para a casa-de-banho – disse, pegando na minha roupa.

-Tomás – chamou-me. Virei-me para ela, já junto da porta do quarto.

-Sim? – Ela olhou-me uns segundos.

-Nada. Esquece – acabou por pronunciar, no entanto notei-lhe no rosto a diferença entre as suas palavras e a expressão que se fazia denotar no seu semblante.

-Está bem… - proferi, dirigindo-me então à casa-de-banho. Quando regressei ao quarto ela também já se encontrava vestida.

-Tomás, ainda tens tempo de me levar ao Fórum? Queria ir lá ver umas coisas, e saiu ontem um filme que eu queria ir ver.

-Claro que tenho. Mas em relação ao filme, achas que consegues aguentar e esperar por mim para ir vê-lo contigo? Eu não vou demorar. E assim almoçávamos por lá e íamos os dois ver o filme, o que é que dizes?

-Que sim! – sorriu, agarrando em seguida a sua mala e um leve casaco, que colocou entre as alças da mala que transportava no ombro. Eu agarrei nas minhas chaves, no telemóvel e nos dois capacetes e descemos ao encontro da minha mãe, que permanecia concentrada na procura de alguma coisa, na sala.

-Mãe, eu vou indo, e levo a Catarina, ela precisa de ir ao Fórum fazer umas coisas. Nós depois almoçamos por lá e vamos ver um filme, por isso só devemos chegar por volta das cinco e meia, seis da tarde, está bem?

-Sim, não se preocupem, eu também ando um bocadinho ocupada, por isso nem vou sentir tanto a vossa ausência. Vão lá e divirtam-se! – respondeu, ignorando mais que eu o facto de que dentro de poucos minutos travaria um encontro com o homem que por pura ligação sanguínea se declarava meu pai perante a lei do Estado, e a própria lei da Natureza. Fui até junto da minha mãe, cuja mulher eu me orgulhava ferozmente de poder e ter de levar a vida como minha mãe, aquele ser esplendoroso, guerrilheiro e doce, que eu amava interminavelmente, e dei-lhe um delicado beijo na testa.

-Até logo, mãe. E não te preocupes que vai correr tudo bem.

-Eu sei filho, eu sei – retorquiu-me, confiante. Depois de também a Catarina ter trocado dois saudosos e agradáveis beijos no rosto com a minha mãe, saímos de casa, subindo para a minha mota, veículo onde já nos deslocávamos minutos depois.

 

Como correrá este encontro? Será o pai do Tomás capaz de ser sincero e bem-intencionado desta vez para com o seu filho?

4 comentários:

  1. olha eu estou triste e sabes porquê? Porque tu há dois capítulos que andas com esta coisa do pai dele e não desenvolves pá :c Morri mais uma vez, ahah, a sério amo esta história e pronto, eu já estava a imaginar ele a acordá-la assim com imensos beijos e mimos mas foi desenhá-la que é tipo super fofo, porque eu AMA-A mesmo e esta história é linda linda como quem a escreve *-*
    Obvio que já sabes,.. quero muito o próximo +.+

    Amo cê meu amô <3

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  2. ahah, no próximo capitulo já terás o encontro de ambos :)
    Oinnn, tão querida, princesa $: não sou nada $:
    Vou tentar ser breve a postar o próximo :)

    Eu amo mais você meu bem <3

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