domingo, 17 de fevereiro de 2013

Capitulo 6 (parte IV)


Olá a todos/as!

Queria pedir-vos imensas desculpas pela enorme demora em postar, mas tenho andado extremamente ocupada, e tenho tido uns problemas em casa, e portanto a paciência para escrever não tem sido muita, apesar de vocês merecerem… Desculpem!

Mas bom, aqui está um novo capitulo! Sei que esperavam por este encontro, principalmente a minha Fii, por isso aqui está ele! Desculpem não estar muito grande, mas foi o que consegui escrever! Espero que gostem e deixem os vossos comentários!

 

Beijinhos*

Mónica

(tomás)

Depois de também a Catarina ter trocado dois saudosos e agradáveis beijos no rosto com a minha mãe, saímos de casa, subindo para a minha mota, veículo onde já nos deslocávamos minutos depois. E desta vez a viagem foi diferente. O corpo da Catarina colava-se ao meu, mas não tão aflitivamente. Encostava-se agora apenas pelo prazer da troca de calor e pela sensação causada, no interior de ambos, um carinho e afeto necessários. A força afrouxara decididamente. Agora mantinha-se com a mínima intensidade, pretendendo apenas estabelecer equilíbrio e a segurança necessária de modo a não cair da mota. Assim que chegámos ela saiu da mota com a maior calma e sem evidenciar o habitual desequilíbrio apos uma viagem de mota. Retirou o capacete, assim como eu, deixando os seus cabelos se libertarem num ar menos comprimido.

-Obrigada – agradeceu com um sorriso.

-Obrigado não fui, mas depois falamos. E já agora, acho que preferia quando quase me tiravas o ar, quando andávamos de mota. Agora mal te encostas a mim – brinquei.

-Oh. Olha, até foste tu que ajudaste para isso!

-Sim, pronto, tens razão – segurei a sua mão, puxando para mais perto de mim, envolvendo em seguida a sua cintura com o meu braço, roubando-lhe um beijo posteriormente. – Quando eu cá estiver, aviso-te.

-Está bem. E, boa sorte – desejou.

-Pois, sim.

Trocámos novamente um beijo e depois voltei a colocar o capacete tomando rumo até ao Cais do Sodré.

Assim que cheguei à esplanada que havia sido determinada como o ponto de encontro, não me foi em nada difícil encontrar quem procurava. Ali estava ele, um típico empresário que nem para um encontro com o filho despe a sua farda. De fato, óbvio. Para quê trocar de roupa se vou apenas conversar com o jovem Tomás, para além de que quando sair daqui vou a correr para uma reunião muito importante, ou vou ter com a minha querida secretária, com a qual passo mais tempo do que com a minha própria noiva, que outrora também fora secretária, aquela por quem troquei a minha primeira mulher. Tudo isto é mais importante do que ele. Sempre foi, não era agora que ia mudar. Agora só conseguia ser irónico. Estes pensamentos, que eu assumia como algo que provavelmente lhe passavam a ele pela cabeça, só me fazia surgir um sorriso irónico repleto de mágoa no rosto. Bom, mas pelo menos havia um aspeto positivo: era pontual. Surgi à sua frente, sem uma única palavra e sem me sentar. Ele ergueu o seu olhar sobre mim.

-Tomás?

Óbvio! Era óbvio que ele não era capaz de me reconhecer!

-Sim, sou eu – indaguei, tentando conter-me ao máximo para não dizer mais do que não devia e ir-me embora.

-Senta-te – disse-me, apontando a cadeira que se encontrava à sua frente. Pousei o capacete em cima da mesa e puxei a cadeira para trás, sentando-me. – Estás tão grande, já estás um homem! Que idade é que já tens? Já deves ter uns…

-Tenho 17, faço os 18 em Agosto – interrompi-o, tentando findar aquela conversa de suposto carisma paternal, que me irritava profundamente, visto ter conhecimento do seu não-interesse em mim e em acompanhar o meu crescimento.

-Ah, pois, em Agosto, sim. – Olhou de relance o meu capacete. – Vejo que estás a dar uso à mota que te dei, muito bem. – Não dei seguimento à conversa, cingindo-me ao silêncio. – Bom, já vi que não estás muito disposto a conversar, por isso é melhor ir diretamente ao assunto que me trouxe aqui – constatou.

-Também acho – indaguei, vinculando que conversar com ele não era algo que me predispunha a fazer.

-Bom, eu sei que não sou o melhor exemplo de um pai, sei que não tenho estado presente na tua vida, mas eu gostava de mudar isso. Eu quero partilhar mais tempo contigo, quero conhecer-te.

-E isso tudo deve-se a quê, agora? Porque é que depois destes anos todos que passou sem me ver, agora, de repente, se quer aproximar de mim?

-Porque és meu filho. Já te disse, quero conhecer melhor o meu filho, passar mais tempo com ele…

-Ai sou seu filho? Agora é que sou seu filho?! Nunca deveria ter deixado de ser! Apesar da distância, apesar da má relação que passou a ter com a mãe e até mesmo com todo o tempo que o seu trabalho lhe ocupa, nunca me devia ter colocado para trás na sua vida! Mas não! Não viver perto de mim é uma desculpa, a sua carreira, por muito que trabalhe, também é uma desculpa! Sempre pôs tudo à minha frente!

-Tomás, sabes que as coisas não são assim! Então e os presentes que sempre te dei? É claro que eu nunca me esqueci de ti, mas não tinha rigorosamente tempo nenhum!

-Os presentes não me tiram a sua ausência. E vai dizer-me que durante estes cinco anos não arranjou uma misera hora para estar comigo? Desculpe lá, mas não acredito. Assim como não creio realmente que esteja verdadeiramente interessado em reaver essa ligação que para mim nunca pareceu existir verdadeiramente.

-Mas estou.

-Mas eu não acredito.

-Bom, vou fazer de conta que não ouvi isso… - ao ouvir estas palavras ergui a sobrancelha notoriamente. Fazer de conta que não ouviu aquilo? -  Eu disse que não te ia oferecer nenhum presente desta vez, e na verdade não se lhe pode chamar um presente. Eu gostava que conhecesses uma pessoa.

-Quem, a sua nova secretária? – questionei, deixando a ironia amarga envolver as minha palavras.

-Tomás… - tentou um advertimento, que eu apenas travei com um novo erguer de sobrancelha, firmando que o assunto não estava disposto por mim a ser discutido, trazendo-me uma razão inquestionável no final da mesma, caso se sucedesse. – Bom, não. Eu quero que conheças a Margarida. Ela é uma rapariga muito bonita, tem uns olhos verdes muito bonitos, e tem a tua idade, já para não mencionar que é muito simpática.

-E de qual dos seus amigos empresários é que ela é filha? – questionei, num ato de pura consciência da pontaria que tinha feito com tal pergunta.

-Tomás, não…

-Oh senhor! O que me falta agora é paciência, por isso não me tente engrupir que não resulta! – exasperei, cansado das suas tentativas para contornar e disfarçar os assuntos.

-Álvaro Silves – acabou por responder. – Mas não é essa a questão.

-Porra, você é mesmo burro ou só se faz? Já lhe disse que não adianta andar às voltas para me tentar ocultar coisas que eu já sei! – Ele teria ripostado alguma coisa, mas eu não permiti, prosseguindo com a minha palavra. – Seja como for, eu não quero conhecê-la. Não preciso que me arranje namorada, eu já tenho uma – proclamei, com a intenção indireta de dizer-lhe que já tinha a dona do meu coração comigo e que quaisquer que fossem as suas intenções, não teriam nem sinal de partida.

-Bom, mas certamente que essa tua namorada não é tão bonita quanto a Margarida, nem tem as suas esplêndidas qualidades, não esquecendo que a Margarida seria mais um ponto de ligação entre nós, visto que agora pretendo estar mais presente no teu dia-a-dia – proferiu com desdém, mas também certa altivez na voz.

-Já lhe disse que não. E veja lá como é que fala. É que se tenciona continuar a sobrepor a Margarida à rapariga que eu amo, sem nem a conhecer, acho que me posso ir embora.

-Tu sabes lá o que é amar, Tomás!

-Sei-o melhor do que você, com certeza! – afirmei, não deixando hipótese para que ele se defendesse de algo do qual não havia defesa possível. – Sei melhor o significado de amar do que você, que traiu a minha mãe e continua a cometer o mesmo delito, sem remorsos, mas pior, sem respeito pelas mulheres que pretendem despender o resto das suas vidas consigo, e acabam abandonadas, na amargura e no descrer do amor em que as deixou!

-Pareces um poeta a falar! – disse, tentando terminar o assunto com uma espécie de elogio que não surtiria efeito algum em mim.

-Não sou poeta, sou um homem que sabe respeitar as mulheres, principalmente aquelas a quem devoto o meu coração. Sei mais do que você o significado da palavra amor. Desde que estou com a Catarina que já não me vejo sem ela, eu amo aquela rapariga como nunca amei mais nenhuma. Ela fascina-me a cada segundo, apaixono-me por ela. Você não sente nem metade do que o que eu sinto pela Catarina, por essas mulheres com quem fica. Nem vale a pena explicar-lhe. Você não ia compreender – respondi, baixando o olhar ao terminar, pois desolava-me o facto de existir um único homem que não soubesse valorizar uma mulher.

-Podemos acabar com as acusações? Queria mesmo que a conhecesses.

-Olhe, esqueça, não vale a pena – levantei-me da mesa, preparado para me ir embora. – Desculpe lá se não alcançou o seu objetivo de me juntar com a filha do grande empresário com quem pretende fechar negócio, mas sabe, quem ama cuida, e eu tenho muito que cuidar.

-Tomás, promete-me então que vais apenas pensar. Ela é realmente uma rapariga bonita e simpática, vocês iam dar-se bem.

Assim que ele acabou de falar eu peguei no meu capacete e virei costas, seguindo até à minha mota. Aquela conversa de amistosa só tinha tido a contensão no tom de voz, porque as palavras tinham acendido a fogueira. Eu não queria aquele homem na minha vida. Agora já não precisava dele.

 

Como será a partir de agora? Voltarão a quebrar o contacto novamente?

6 comentários:

  1. Adorei (;

    Espero que essa rapariga nao se meta no meio deles xd
    Quero o proximo ;b
    Beijinhos

    Nii'i

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    1. Ainda bem que gostaste tanto :)
      Esperamos para ver :p
      Assim que possa trago-vos mais um capitulo :)

      Beijinhos*
      Mónica

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  2. Primeiro, siim eu estava super entusiasmada com este capítulo;
    Segundo, estou irritada porque não pude lê-lo logo no dia em qe postas-te;
    Terceiro, AMEEEEI e irritei-me sabes porquê?! Porque agora o fdp (dclpa a asneira, mas já me conheces princ) do pai dele quer separá-lo da Catarina, epá fogo qe nervos :c

    Mas pronto, sabes que quero muuuito o próximo meu bem, beijinhos ;* ly muitoo.

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    1. Ahaha, eu sei que estavas :) Não tem problema nao teres conseguido ler no dia em que postei, o que interessa e que leste agora :) Ainda bem que amaste, e nao te irrites, nao vale a pena amor :)
      Eu sei princesa, tambem quero despachar-me o mais rapido que conseguir para postar o proximo!

      Beijinhos* ly muitooo <3

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  3. Adorei *-* E adoro este suspense todo :b
    r: Bem princesa, o que é que posso dizer? OBRIGADA LINDA *-* Pelo apoio, pelos conselhos e pelas palavras. Ajudaste-me sem dúvida. Vou pensar naquilo que disseste, muito obrigada *

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    1. Ainda bem que gostaste :D
      Não tens nada que agradecer, fiz de coração e dei-te a minha opinião sincera :)

      Beijinhos*
      Mónica

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