terça-feira, 27 de novembro de 2012

Capitulo 5 (parte IV)


Olá! :)
Bem, deixo-vos aqui mais um capitulo, espero que gostem e deixem a vossa opinião! :D
 
Beijinhos*
Mónica


(Catarina)

-Prepara-te – aconselhou-me o Tomás, após termos chegado a um local, que a partir do momento que ele tinha dito ‘’prepara-te’’, me assustava.

-Para quê? – perguntei, a medo.

-Vamos descer e subir isto tudo. De mota.

-O quê?! – perguntei, atónita. – Vamos, vais, va… O quê?

-Ouviste bem, sim.

-Estás maluco, Tomás! Então, tu sabes que já com os percursos mais direitinhos e pequeninos eu já tenho medo, quanto mais fazer isto! Isso é que eu não faço! – larguei-me dele e, supostamente, ia sair da mota, mas ele puxou o meu braço e envolveu-o em redor do seu tronco, firmemente.

-Oh Catarina, não fujas, vá lá! Estás comigo não estás?

-Estou, mas…

-Mas nada. Tu sabes que comigo estás segura.

-Espero bem que sim, Tomás Miguel! Ai se acontecer alguma coisa…!

-Vai tudo correr bem, meu amor! – sorriu.

Aconcheguei-me mais ao seu corpo e aumentei ligeiramente a força do abraço que o envolvia.

-Se ficares sem ossos ou sem tímpanos, culpa-te apenas a ti! – alertei, fechando os olhos.

-Responsabilizar-me-ei por todos os danos físicos e psicológicos que te causar, mas agora descontrai e aproveita! – sorriu.

Abri os olhos e a ‘’viagem’’ começou.

Quando dei por mim, já brotavam da minha boca alguns gritos que não consegui guardar. Aquilo estava a assustar-me tanto! O medo  que tinha de andar de mota tinha começado a diminuir desde que andava de mota com o Tomás, ou seja, há três semanas tinha começado a andar de mota, coisa que nunca desejei, e bom, até tinha sido uma boa experiência, apesar de só conseguir andar de mota com ele, mas esta noite ia acabar comigo. Com certeza. Parámos no cimo de uma subida, ainda com a mota a trabalhar. A minha respiração estava completamente ofegante, tinha o estômago colado às costas, estava a tremer bastante, e estava completamente colada às costas do Tomás, a agarrar-me com bastante força, contudo ele não se queixava.

-Catarina – pronunciou o meu nome.

-Hm…?

-Estes gritos, os apertões que me estás a dar e tudo o que estás a sentir, vão tornar-se parte do passado, porque a partir desta noite, podes dizer adeus ao medo de andar de mota.

-Achas mesmo? – perguntei, com a voz ainda a tremer.

-Tenho a certeza!

-Oh Tomás, mas eu não! Estou farta de gritar e tenho o estômago colado às costas e daqui a nada caio para o lado! Isto não é o que me vai tirar o este medo! – Ele tirou o capacete e tirou-me o meu.

-Ouve amor, primeiro, não vomites, por favor, - conseguiu faz-me soltar uma pequena gargalhada – segundo, tens razão, não é isto que vai tirar-te o medo. O que te vai tirar o medo é fechares os olhos, respirar fundo, não pensar no que estás a fazer. Sente apenas o vento a bater contra o teu corpo. A velocidade faz-te sentir como se voasses. Vais sentir-te mais livre e segura, mais confiante, e vais esquecer tudo. Vais ter a tua mente vazia e calma para poderes disfrutar esta sensação espetacular! – Tentou motivar-me com tal entusiasmo que por momentos julguei sentir a paz interior de que ele falava, sentindo coragem para a nova ‘’viagem’’, mas de uma maneira completamente diferente.

-Achas que vai resultar comigo? – perguntei, procurando um último estímulo de confiança.

-Faz o que eu te disse. Vais ver como resulta – sorriu, dando-me um pequeno beijo antes de voltarmos a colocar os capacetes. Ele pegou nos meus braços e voltou a envolver o seu corpo com eles, transmitindo-me ao mesmo tempo uma onda de calor fantástica. – Preparada?

-Sim, acho que sim…

-Achas que sim? – comentou ele, com uma voz inquisidora.

-Está bem, tenho a certeza! Mas vamos lá, porque senão perco a paz de espírito e já não volto a andar aqui contigo!

Ele riu-se e arrancou novamente a grade velocidade. Desta vez concentrei-me. Fechei os olhos e foquei-me, respirei fundo, atingi a calma e conduzi-me pelo vento que embatia no meu corpo. Era realmente uma sensação fantástica… Parecia que estava a voar… Senti a liberdade preencher-me… Livre, leve e solta…

De repente parámos.

-Então? – perguntei, meio desiludida com o tão pouco tempo que tinha tido de liberdade. Tinha sido tão pouco…

-Então pergunto eu. Como é que foi desta vez?

-Sabes, aquilo que tu me disseste? Ajudou-me muito!

-Pois, acredito, já não gritaste desta vez! – riu.

-Estou a falar a sério! A sensação fantástica também quer ter alguma coisa comigo – ri.

-Ainda bem. Agora queres ir dar uma voltinha sozinha? – sorriu.

-Não! Sozinha não ando!

-Ahaha! Está bem, vá, por hoje já chega de emoções fortes em cima desta menina. Mas qualquer dia ensino-te e vais dar uma voltinha sozinha!

-Isso depois logo se vê!

-Está bem. Bem, queres ir para casa?

-Já não tens mais surpresas, pois não?

-Não amor, não tenho. Mas, gostaste desta noite?

-Sim, gostei, mas a noite ainda não acabou.

-Então, vais fazer-me alguma surpresa, agora?

Entretanto já estávamos quase a chegar à porta de casa dele.

-Não é que mereças assim muito, mas sim, tenho uma coisa para ti lá dentro.

-Uma coisa para mim? O que é? – perguntou, enquanto tirávamos os capacetes e saíamos da mota.

-Já vês, já estamos à porta de casa, por isso não demora muito.

-Oh, diz lá!

-Calma, já lá chegamos acima.

-Mas eu quero saber já o que é! – pedinchou, envolvendo a minha cintura com o seu braço.

-Não! – ri.

-Fogo…

-Vá, abre lá a porta para te matar a curiosidade!

Ele abriu a porta de entrada tentando não fazer barulho para não acordar a D.Francisca, mantendo assim as luzes apagadas. O Tomás ia à frente, aos apalpões às coisas, enquanto eu o seguia, devagar, ao mesmo tempo que segurava a sua mão. Estávamos a passar na sala, quando de repente, senti o Tomás ir contra alguma coisa, caindo seguidamente, e portanto também eu caí. Tínhamos caído em cima do sofá. Fizemos um esforço tremendo para não nos desmancharmos em enormes gargalhadas, por isso começámos a rir baixinho.
 
Senti a sua respiração na minha cara, bem perto de mim, o que me transmitiu uma sensação inexplicavelmente boa, que me fez tremer todo o coração… De longe, eu conseguia dizer que era ele por quem eu tinha esperado… A espera valeu a pena, porque neste momento, não queria mais ninguém…
 
Será que a noite termina aqui?

 

3 comentários:

  1. aiii, é agora ? omg, tinhas de acabar aqui? vai-me dar um ataque, posta muito rápido princesa sim sim?

    Ps. olha, eu amanhã e sexta tenho testes, por isso achas que te posso falar na sexta à noite? Quero muito que escrevas o capítulo comigo. e já agora, como aquilo era a parte II o Rodrigo aparecia na parte I, beijinhos princesa ;*

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ahaha, claro que tinha de acabar aqui, assim fica mais interessante :p Ahaha não vai nada, vais estar sã para leres o próximo capitulo :p
      Postarei o mais rápido que conseguir :D

      Sim, claro que podes falar-me na sexta-feira à noite :) mas vais enviar-me um e-mail? ou dizes alguma coisa pelo blog?
      Ahaha, vai ser um prazer escrever o capitulo contigo :)
      Hm, pois, está bem, mas pronto, eu sou assim, se não o vir num capitulo, faz-me logo falta xD

      Beijinhos querida*
      Mónica

      Eliminar
  2. Só agora vim aqui ao blog, por isso só te posso responder agora, mas acho mais fácil por mail, e também vou-te pedir em amizade no facebook, depois vemos como será mais fácil, beijinhos princ ;*

    Pois, o Rodrigo é lindo, aiaiai $:

    Eu sei que fica mais interessante mas pronto, dá cabo de uma pessoas pá :)

    ResponderEliminar