sexta-feira, 27 de julho de 2012

Capitulo 3 (parte II)




Olá!
Bem, espero que gostem de mais este capitulo e que deixem os vossos comentários, como têm feito até agora, o que me deixa muitooo contente! :D
Muito obrigada a todos os leitores e seguidores! :D
Beijinhos
Mónica

(Pedro)
Acho que só depois de ter visto a Catarina com aquele rapaz de uma forma tão próxima e divertida é que me apercebi que tinha realmente pouco tempo. Podia ter a facilidade de o coração dela ainda bater por mim, mas essa facilidade parecia cada vez mais longe. Ela mal olhava para mim e quando olhava notava-lhe um canto de mágoa no olhar. Quando falava comigo era fria e distante e já tinhs ouvido da boca dela, apesar de ter sido através de ironia, que ela estava chateada e magoada comigo pela minha atitude para com ela nos últimos dois anos. Sim, ela estava certa. Sim, eu estou errado.Mas vou tentar consertar isso o melhor que conseguir. Mesmo depois daquele beijo. Aliás, aqueles beijos à minha frente. Confesso que fiquei completamente sem saber o que fazer, mas senti o meu coração a encolher. Isso eu sei que senti. Isso, e medo. Medo de perdê-la de uma vez por todas. Mas depois pensei com calma. Eu não vou desistir. Ele pode tê-la agora, mas eu vou tê-la daqui a pouco tempo, e durante muito mais tempo que ele. Por mim, vou tê-la para sempre.

(Tomás)
Estava feliz. Não é que não fosse costume estava bem disposto e a rir. Mas a partir de agora estava mesmo feliz. E essa felicidade tinha nome: Catarina. Tudo o que me apetecia agora era sair a correr da aula de Geometria e finalmente poder estar o resto da tarde ao lado da Catarina. Assim que tocou para saída apressei-me a arrumar as coisas e saí da sala. Ela estava na biblioteca, por isso dirigi-me para o pavilhão A, mas não precisei de avançar mais pois encontrei-a a sair do pavilhão.
-Olá, olá! - sorri.
-Olá.
-Então, vamos embora?
-Para onde?
-Não sei, vamos dar uma volta.
-Mas a mota fica cá, certo?
-Fica! - segurei a sua mão enquanto caminhavamos em direcção ao portão. - Tens-lhe um medo, tu! - sorri.



-É das motas em geral. Já sabes disso.
-Tenho mesmo de ajudar-te com isso! - virei-me para o Sr. António, na portaria. - Sr. António, no máximo às sete horas volto para vir buscar o meu capacete, ok?
-Ok, ok. Não te preocupes que eu estou cá até às sete e meia, vai lá levar a namorada a casa!
-Obrigado, Sr. António! - agradeci. - Tens alguma sugestão para onde irmos ou vamos só andando?
-Não sei, Quinta da Marialva, pode ser?
-Pode. É sossegado e é perto. Boa ideia.
Saímos da escola e fomos até à Quinta da Marialva. Tivemos sorte de o palco estar vazio, então fomos para um canto. Sentámo-nos um ao lado do outro e ficámos alguns instantes calados.
-Desclpa, eu não sei o que é que hei-de...
-Não tens de pedir desculpa, e não tens de fazer nada. Às vezes estes silêncio são bons, sabes?
-Pois... - concordou, parecendo meio envergonhada.
-Quando começas a namorar não tens de saber tudo o que ''tens'' e ''não tens'' de fazer, nem nada disso. Aprendes sempre alguma coisa. Vais começar agora, mas isso não interessa.
-Ok.
Aproximei o meu rosto do dela para a beijar e notei a ansiosidade  - sorriu-me docemente-que ela sentia, pela maneira como olhava para mim. Uni os nossos lábios e fui incentivando e puxando cada vez mais pela sua resposta ao beijo, o que foi bem sucedido, porque algum tempo depois percebi que ela estava apenas a deixar-se levar e depois a tentar corresponder positivamente aos meus incentivos. Soube tão bem sentir isso que não consegui evitar um sorriso, que acabou finalmente por quebrar o beijo.





-Estás a rir-te do quê? - perguntou.
-Soube bem sentir esta tua resposta ao beijo - sorri.
-Oh... - respondeu, baixando o olhar.
-Anda cá! - sorri. - Eu gosto disso. Gosto disto de irmos devagar e de eu te ir ensinando estas coisas. É giro. Mas também sabe bem ver que te estás a soltar tão bem em tão pouco tempo. Ganhas-lhe o jeito facilmente.
-Eu tenho tendência em apegar-me facilmente às pessoas, por isso também é mais fácil ganhar confiança.
-Por isso é que eu caí nas tuas boas-graças tão rápido.
-E porque és giro e vieste falar comigo! - sorriu.
-Ainda bem que sou giro! - brinquei. - Assim poupei tempo e por isso aproveitamos mais - ri.
-Ainda bem foi que tiveste a lata de vir falar comigo!
-Oh. Tu não fazias o mesmo?
-Sinceramente, não sei. Eu tentei ir falar contigo duas vezes, mas depois nunca tinha coragem!
-Porquê? Até parece que eu ia gozar contigo no meio da escola!
-Eu sabia lá! Não te conhecia!
-E tinha ar disso?
-Muito raramente.
-Ah. Eu não sou assim. Não percebo qual é que é o gozo que as pessoas tiram ao humilharem alguém, ou gozarem ou dizerem mal! As pessoas têm um coração, que pode falhar a qualquer momento, que sente e chora silenciosamente com coisas assim, não são bonecos de metal e plástico, invenções perfeitas que não sabem a dor que se sente numa situação dessas!
-Wow - sorriu. - Isso foi profundo.
-Foi uma opinião verdadeira e sincera. Nao percebo mesmo isso! As pessoas são para ser amadas. De maneiras diferentes, mas amadas. E é isso que eu vou fazer contigo! Vou cuidar-te, proteger-te e amar-te!
-Obrigada - sorriu-me docemente.
-Porquê?
-Por me estares a fazer sentir bem, sentir feliz neste tempo que ainda me falta para ir embora.
-E vou continuar a fazê-lo depois. Não te vais livrar de mim assim!
-Acho que também não quero!
-Ainda bem!- sorri, voltando a beijá-la.
-Agora lembrei-me. Já acabaste o desenho que me mostraste hoje de manhã? - perguntou.
-Não, ainda não. Mas olha, agora que falas nisso...
-Então, no que é que estás a pensar?
-Quinta-feira é feriado, não é?
-É. Mas o que é que tem?
-Eu estava aqui a pensar e... podias vir lá a casa. Assim mostrava-te o meu atelier e podia aproveitar para acabar o desenho. O que é que achas?
-É uma boa ideia, estou curiosa para conhecer o teu atelier. Mas, a tua mãe não está em casa?
-Sim, em principio sim, porquê?
-Não vamos incomodá-la?
-Nada disso! Ela gosta quando eu levo amigos lá a casa, gosta de conhecê-los. E ela já percebeu que eu gosto de ti e parece ter-te ganho uma espécie de simpatia só por me deixares tão feliz todos os todos que estou contigo!
-A tua mãe sabe...?
-Eu sou trasparente para ela, assim como ela é para mim. Ela sabe sempre quando eu estou bem ou mal, estusiasmado, chateado, distante. - Fiz uma pequena pausa. - Apaixonado - disse, olhando-a.
-Isso é bonito. Ainda bem que aproveitas assim a mãe que tens!
-É, eu vivo pela minha mãe, ela é tudo para mim! - sorri, orgulhoso. A minha mãe nunca me tinha desapontado. É o amor mais constante e verdadeiro que tenho tido desde o primeiro instante que enchi os pulmões com o ar consumidor deste mundo controverso, complicado, mas ainda assim belo e inspirador. - Então achas que dá? Quinta-feira passas o dia lá em casa?
-Está bem. Só tenho de avisar o meu pai, para ele não contar comigo.
-E só uma coisa. Eu vou buscar-te a casa. De mota.
-Ah, de mota... Então acho que...
-Achas uma boa ideia para deixares de ter tanto medo de andar de mota! E sabes que comigo estás segura!
-Mesmo?
-Não! Não vês que te deixei cair da mota da última vez que andámos nela? - ironizei.
-Oh pá! Pára de me meter medo! - protestou, com um sorriso nervoso.
-Está bem, pronto! - Olhei para o meu telemóvel. - Tenho uma mensagem da minha mãe, a esta hora? - Abri a mensagem e li. - Ah, ok! - exclamei, aliviado.
-Então? - perguntou a Catarina, preocupada.
-Não é nada importante! Só não vem jantar a casa hoje!
-Ah, ainda bem.
-Bem, e acho que está na hora de te ir evar a casa.
-Já?
-Por mim vinhas era comigo...
-A tua mãe não janta em casa mas isso não te dá a liberdade de levares lá as pessoas assim! - sorriu.
-Primeiro, na questão da liberdade, não há problema, a minha mãe não se importa que leve lá gente a casa quando ela lá não está, só pede para termos juízo e não fazermos porcaria, apesar de que eu raramente levo alguém a casa assim; e segundo, tu és a minha namorada, não és uma pessoa qualquer, e eu sei que devo respeito e sei quais são os limites.
-Pareces ser um filho perfeito - sorriu.
-Faço para tentar lá chegar. A minha mãe é uma mulher e uma mãe perfeita e fantástica, e merece um filho à altura dela!
-Hm, ym filho à altura dela... És mais baixo que ela? - riu.
-Não! - ri, fazendo-lhe breves cócegas. - Eu sou mais alto que ela, não muito, mas sou. Mas não era disso que eu estava a falar.
-Eu sei, Tomás, eu estaa a brincar.
Sorri-le. O sentido de humor e a ironia, principalmente, eram uma das suas coisas boas. Estava sempre a rir e fazia rir os outros.
-Bem, vamos embora, então? - perguntei.
-Sim. Hoje não,mas pode ser que quinta-feira até possa janta em tua casa.
-Boa!
Todo o caminho até ao prédio del não larguei a sua mão. Apesar de o calor já se fazer sentir, mesmo com o calor e o suor das mãos juntas, não a larguei. Isso não me fazia pior de que o sorriso dela costuma fazer.
-Chegámos - comentou, quando já nos encontravamos em frente da porta do prédio.
-Estás entregue, então!
-Sim. Obrigada.
-Não tens de quê! - sorri em resposta ao seu sorriso. - Amanhã entras logo de manhã?
-Sim, às oito e um quarto, vou ter Português.
-Ok, então vemo-nos antes do toque de entrada?
-Sim, provavelmente sim.
-Eu posso esperar por ti na estação.
-Boa ideia.
-Eu sabia. Bom, então até amanhã...
-Até amanhã...
Fiquei a olhá-la e depois aproximei o meu rosto do seu para lhe dar um beijo. Foi rápido, até porque fomos interrompidos por uma pessoa que queria passar.




-Estás-lhe a ganhar o jeito tão depressa! - gabei-a, brincando, com um sorriso, enquanto me afastava dela. Ela fez uma careta junto com um sorriso meio envergonhado. Depois entrou o prédio.

4 comentários:

  1. Olá!
    Ai que fofinhos estes dois *-*
    Agora estou e na duvida quanto ao Pedro. Se ele merece uma oportunidade, se eles tambem fariam um casal fofinho... Hum espero para ver!

    Beijo
    Ana

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    1. Olá!
      Se reparas-te na descrição das personagens, menciono que a história da Catarina e do Pedro não ficou resolvida, por isso, vai ter de resolver-se, agora resta esperar para ver como ou se as coisas vão acontecer!
      Muito pbrigada por seres tão ''assidua'' em deixares o teu comentário ao longo dos capitulos, é muito importante para mim e deixa-me muito empolgada para continuar a escrever, pois vejo que estão a gostar! :D

      Beijinhos

      Mónica

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  2. Olá!
    Eu sei que anda a falhar um pouco quanto ao comentar. mas a verdade é que eu costumo ler os capítulos na tablet e depois não consigo comentar. Mas isso mudou. Agora venho em força.
    Finalmente a Catarina e o Tomás namoram, já anseio isso desde do inicio da fic. Quanto ao Pedro, tenho de esperar por mais alguns capítulos para ver se ele merecer outra oportunidade.

    Bjs Tânia

    http://talvezumdiatedigamote.blogspot.pt/

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    1. Olá!
      Bem, não tens obrigação de comentar, se bem que me sabe imensamente bem ler as coisas que vocês me dizem :$ Mas bom, se agora vens em força, ainda melhor! :D
      Sim, sei que ansiavas que eles namorassem desde o inicio da fic, portanto agora já está! :) Em relação ao Pedro, é mesmo isso, tens de esperar! :p

      Beijinhos

      Mónica

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