domingo, 22 de julho de 2012

Capitulo 3 # parte I #


Olá!
Bem, antes de tudo queria pedir imensas desculpas pela demora na publicação deste capitulo, mas com as mudanças e tudo mais quase não tenho conseguido escrever :s  Mas bom, aqui está ele, e espero que gostem! Não se esqueçam de deixar as vossas opiniões e os vossos comentários, que são muito importantes!
Beijinhos
 Boa leitura :)

Mónica

( Tomás )

Mandei mensagem à Catarina a dizer que ia buscá-la à sala. Assim que tocou para a  saída, saí da sala e fui até aos monoblocos buscá-la.
-Bom dia - cumprimentei.
-Bom dia . respondeu.
-Olha, eu vou ter com elas! Até já! - disse-lhe a Filipa. - Olá Tomás!
-Olá Filipa!
-Vieste cedo - comentou a Catarina, enquanto começavamos a caminhar.
-Saí cedo.
-Hm.
Permanecemos em silêncio durante algum tempo, continuando a andar.
-O que é que tens? - perguntei um pouco preocupado.
-Sono.
-Ah, isso explica a tua cara! - ri, aliviado.
-Está assim tão má? - perguntou, exibindo um ligeiro sorriso.
-Não, eu é que fiquei preocupado. Mas olha, vamos sentar aqui que eu tenho uma coisa para te mostrar.
-Uma coisa para me mostrar? 
Sentámo-nos no pequeno muro entre o pavilhão A e o pavilhão B, um lugar que já era hábito pararmos e conversarmos. E tinha sido exactamente nesse sítio que tudo tinha começado...
-Fiz isto ontem à noite. Vê  lá o que é que achas - disse.lhe, entregando-lhe o meu bloco. Era o desenho dos olhos dela. Estava incompleto, porque eu tinha estado a desenhar antes e quando começei este desenho o sono já estava a levar a melhor sobre mim. Ela pegou no bloco e ficou a admirar o desenho com o sorriso de deslumbre com que sempre ficava quando via os meus desenhos.
- Está lindo - elogiou.  
- E está incompleto. Já estava mais para lá do que par a cá quando o começei, ontem à noite - sorri.
- Está fantástico na mesma! - sorriu.
- Fantástica és tu!
Ela ficou envergonhada.
- O h Tomás, já pedi para não fazeres isso!
- O quê? Elogiar a rapariga fantástica que eu resolvi  conhecer  de uma  maneira estranha  mas que  não me arrependo nada? Aliás, até  me sinto feliz por ter feito figura  de parvo por algum tempo! Desculpa, mas é-me  impossivel  parar  isso! Sai  naturalmente!
-A sério?
-Mas devagar.
-A sério?
-Não, a brincar Tomás! - ironizou. Eu desmanchei-me num grande sorriso e voltei a beijá-la. E desta vez consegui obter resposta. Ela movimentou os seus lábios em sintonia com os meus, no entanto ainda se notava uma espécie de cautela. Parei o beijo por um instante, sem afastar muito o meu rosto do seu.
-Não tens de ter medo de me beijar. Eu perci que tem de ser devagar, mas acho que esse devagar inclui beijarmo-nos.


# Catarina #

Foi tão de repente que fiquei sem reagir. Senti uma sensação esquisita mas agradável quando o Tomás me beijou. Eu sempre quis dizer que não, até porque não ia ser bom começarmos alguma coisa e eu ir-me embora dali a umas semanas, mas a verdade era que apesar de eu não querer, estava a começar a sentir algo mais do que a atracção inicial pelo Tomás, ou mais ainda do que a amizade quebtinha ganho da sua parte. Acabei por ceder. Por mais reduzido que fosse o tempo que eu iria ter para estar com ele, iria aproveitar todo o tempo que tivessemos. Iamos apenas tentar. Tentar devagar e sem planos para que não fosse tão dificil depois. E às vezes eu pensava para mim própria que a nível dos pensamentos eu podia ser sabida e experiente no assunto, no entanto, na prática, eu sabia nada. Nunca tinha namorado antes, e o meu primeiro beijo tinha acabado de me ser roubado. Disse isso mesmo ao Tomás, mas ele não pareceu incomodado e até brincou, sem me ferir, com esse facto. E como costumam dizer, à terceira é de vez, por isso à terceira vez, no terceiro beijo, que correspondi, digamos assim, inteiramente. Deixei-me levar pelo Tomás, deixei que os seus lábios e os meus se envolvessem numa harmonia perfeita, harmonia essa que me fez esquecer o espaço e o tempo e me fez ter noção apenas daquele momento...
-Então, não é nada do outro mundo, pois não? - perguntou-me ele com um sorriso.
-Por acaso até é, mas é um outro mundo bom... - sorri.
-Ah, pois, pois é... - sorriu, roubando-me um pequeno e rápido beijo. - Obrigado por teres concordado em tentar.
-Até porque eu nunca quis nada disso... - ironizei.
-Tu já tinhas pensado em...
-Muitas vezes.
-Agora concretizou-se. E vou fazer tudo o que conseguir para aproveitarmos ao máximo até te ires embora. E depois de ires embora.
-Eu pedi para irmos devagar, e isso inclui não fazermos planos, por favor. Assim é mais fácil.
-Desculpa, eu sei, só que, tu sabes, eu não quero ir ficando contigo, eu quero ficar contigo.
-Let's take it easy, ok?
-Prometo, e o inglês tinha de surgir, não é? - sorriu.
-Sorry... - ri.
Tocou para a entrada.

-Vais ter História, não é? - perguntou.

-É.

-Então vamos, eu levo-te à sala e depois vou para a sala.

Levantámo-nos e ele pegou na minha mão quando começámos. Olhei para as nossas mãos e ele reparou.

-Namoramos, certo?

-Sim - sorri, apertando a sua mão com mais força. Ele sorriu. De repente, o meu stôr passou mesmo ao meu lado e eu assustei-me.

Chegámos à porta da sala e parámos.

-Não vamos ter o próximo intervalo, pois não? - perguntou-me.

-Não, eu não. Vou ter Inglês.

-Queres que espere por ti para almoçar?

-Não, senão depois não tens tempo.

-Ok. Mas até entrar venho ter contigo.

-Tu é que sabes. Bem, tenho de entrar - respondi, soltando a minha mão da sua.

-Espera! - voltou a segurar a minha mão e deu-me um beijo. Que por segundos me fez perder novamente a noção. - Pronto, agora já podes ir! - sorriu.

-Até logo.

-Até logo.

Entrei na sala e fui sentar-me no meu lugar.
-Bom dia, stôr.

-Bom dia.

-O Tomás veio trazer-te? - perguntou-me a Filipa, sentada no seu lugar, atrás de mim. Virei-me para ela.

-Veio - sorri.

-Eu vi o que aconteceu lá fora - sorriu ela.

-Nós começámos a namorar...

- Mas isso é a sério?

-Nós combinámos que iamos devagar e...

-Bem, vamos começar a aula? - disse o professor.

-Eu depois explico-te melhor - disse eu à Filipa, voltando a virar-me para a frente.

-Ok.

Quando saímos da aula, enquanto iamos para sala de Inglês, contei-lhe o que o Tomás me tinha diti e tufo o que se tinha passado no interevalo. Estava tão entretida a contar-lhe, mal olhava para a frente e acabei mesmo por ir contra alguém. A Filipa também não tinha visto, caso contrário ter-me-ia avisado.

-Desculpa - pedi, olhando para o Pedro.

-Não faz mal. Estás bem?

-Estou. Desculpa, outra vez.

-Não faz mal.

Eu e a Filipa seguimos caminho, mas ela ainda olhou uma vez para trás.

-Ele ficou a olhar - comentou.

-Deixa-o estar! Eu já lhe pedi desculpa, por isso.

-Ficaste mesmo chateada!

-Não. Eu só ainda estou para perceber porque raio é que ele decidiu voltar a falar-me, e tão bem, do nada!

-Ele voltou a falar contigo?

-Ainda não te tinha dito?

-Não.

- Desculpa! é que, com estas coisas todas do Tomás...!

-Está bem, não faz mal. Mas ele voltou-te a falar?

-Voltou. No McDonald's, quando lá fui almoçar com o Tomás, na terça-feira passada, e na quarta, quando eu vinha da estação para a escola.

-E então?

-Então nada. Quando ele começou com coisas, na quarta-feira, mandei-o ir dar uma volta!

-Mas o que ele disse foi assim tão estúpido?
-Oh, tipo, ele perguntou.me se eu estava chateada com alguém, porque estava a responder-lhe super mal e eu costumava estar sempre a sorrir e a ser super simpática. Mas também levou logo resposta!

-O que é que tu lhe foste dizer?

-A verdade, que achava estranho ele ter voltada o falar-me assim do nada!

-E ele?

-Ele negou que tivesse deixado de me falar!

-A sério?! Que lata!

-Pois. Eu disse-lhe que afinal era eu que tinha passado os últimos dois anos a ignorá-lo!

-Então mas ele explicou-te porque é que te ignorou ou te deixou de falar, ou continuou com a mesma conversa?

-Disse que não me tinha ignorado em tempo nenhum, mas eu despachei-o logo! Aquela conversa já me estava a tirar do sério!

-Pois, imagino... Então era por isso que parecias chateada, nesse dia, quando estavas a chegar!

-Sim. Mas o Tomás fez o favor de me animar...

-Ai o meu Tomás! - gozou, assim que entráos na sala.

- Bom dia, stôra! - cumprimentámos as duas.

-Bom dia! - respondeu-nos a stôra. - Então Catarina, o Tomás, está bom?

-Está.

-Eu vejo-vos muitas vezes juntos, são muito amigos, agora, não?

-Agora até são ma...

-Sim, somos amigos, stôra! - interrompi as palavras da Filipa, esperando que a professor se tivesse apercibido do que ela ia dizer.

-Fazem bem. Ele é bom rapaz.

-Se é, não é? - sussurrou-me a Filipa.

-É pá, mas tu importas-te? - repreendi-a. Ela riu-se e sentámo-nos para começar a aula.

4 comentários:

  1. Ahahahahah adorei.Uma Filipa desbocada xD Quem nao tem amigos assim?
    Estou para ver o que o Pedro vai fazer nesta historia. Boa coisa nao parece...
    Quero o proximo!

    Beijo
    Ana

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    1. Obrigada! Bem, pode fazer bem ou mal, tens de esperar para conseguires saber.. ;)
      Beijinhos
      Mónica

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  2. Olá :)
    Só tenho 3 palavras...MAIS MUITO RÁPIDO!
    Beijinhos
    Rita
    http://lifegoesonr.blogspot.pt/

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    1. Olá!
      Ainda bem que as tuas 3 palavras são essas, é sinal que estás a gostar, e isso deixa-me muito contente! :D
      Beijinhos
      Mónica

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